As condições precárias de moradia ficaram para trás na vida de 40 famílias de Imbaú, na região dos Campos Gerais. Elas receberam na última quinta-feira (10) as chaves da casa própria no Residencial Jardim Primavera. O investimento foi de R$ 1,2 milhão, uma parceria dos governos estadual, federal e município.
As moradias têm 41 metros quadrados e custo de R$ 30 mil por unidade. As famílias beneficiadas possuem renda mensal de até R$ 1,6 mil e não pagarão nada pelos imóveis, que são totalmente subsidiados pelo poder público.
O presidente da Companhia da Habitação do Paraná (Cohapar), Abelardo Lupion, explica que o projeto é muito importante para o município, pois atende a necessidade das famílias mais carentes, que não têm condições de arcar com os custos de um financiamento imobiliário. São famílias que vivem em áreas de risco, em condições precárias ou, ainda, de favor na casa de parentes e que agora terão mais dignidade e segurança em uma moradia de qualidade, avalia.
De acordo com o prefeito de Imbaú, Cassemiro Martins, o projeto veio em boa hora para o município. São famílias que realmente precisam de ajuda, especialmente em uma época de muitas chuvas, que são um risco para quem vive em condições precárias, disse. Pretendemos ampliar o atendimento através de novas parcerias com o governo estadual. Já temos inclusive um terreno reservado para a construção mais 40 casas, finaliza o prefeito.
As moradias fazem parte do programa Minha Casa Minha Vida, uma parceria do Governo do Paraná com a prefeitura e o governo federal. Além do trabalho técnico da Cohapar, o governo estadual também contribuiu com os serviços da Copel e da Sanepar na instalação das redes de energia, água e esgoto do empreendimento.
Continuidade
O presidente da Cohapar também falou sobre a perspectiva da continuidade de ações similares no Estado. Infelizmente, o programa que permitiu a construção dessas casas não recebe mais repasses do governo federal. O governador Beto Richa, porém, tem nos dado condições para manter o atendimento às famílias carentes, como é o caso do Fundo de Combate à Pobreza, que permitirá investimentos de R$ 400 milhões ao ano em ações de resgate social, acrescentou.
Moradores sofriam com falta de estrutura e segurança
A aposentada Silvia do Espírito Santo, de 72 anos, foi obrigada a se mudar diversas vezes nos últimos anos. Na última residência ela convivia com problemas estruturais e chegou a temer pela própria vida. A casa é velha e de madeira. Sempre que chove molha tudo, dá medo até dela cair. Com certeza ainda vou ter que batalhar muito, mas pelo menos agora vou ter uma vida boa, comemora.
Outra beneficiada é Sonia Maria Leite, dona de casa de 39 anos. Ela, o marido e os três filhos passaram recentemente por um grane susto no imóvel onde moravam. Teve uma enxurrada que estourou o muro e começou a trazer um monte de lama para dentro de casa. Nós perdemos móveis, roupas, e tivemos que sair sem nem saber para onde iríamos, diz Sonia. Foram 16 anos morando de aluguel e vivendo nessa situação. Por isso, quero mudar o quanto antes, finaliza.
Entrega do certificado de Amigos da Habitação
Durante o evento, José Rui Miranda, representante do Rotary Club de Telêmaco Borba, recebeu o certificado de Amigos da Habitação, em nome da entidade. A iniciativa é uma ação planejada pela Cohapar e que busca estabelecer parcerias com entidades privadas sem fins lucrativos, visando a promoção de atividades para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades formadas nos novos conjuntos habitacionais.
Com a conclusão deste último empreendimento, são 176 famílias atendidas por projetos habitacionais do Governo do Estado em Imbaú. As ações incluem 73 casas rurais e 63 títulos de propriedade entregues, com investimentos de aproximadamente R$ 2,7 milhões em recursos públicos para o município, desde 2011.
NÚMEROS
40 famílias beneficiadas
R$ 1,2 milhão em investimentos
R$ 30 mil investidos por unidade
41 m² é o tamanho das moradias
R$ 1,6 mil renda mensal das famílias beneficiadas
40 novas casas devem ser construídas em breve
R$ 400 bi ao ano devem ser investidos através do Fundo de Combate