Um dia após a divulgação do teor geral dos ofícios encaminhados pela Ordem dos Advogados do Brasil, subseção Ponta Grossa (OAB-PG) ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), alguns ex-secretários municipais se manifestaram sobre os questionamentos apontados.
A OAB-PG está solicitando ao MP-PR que promova a abertura de três ações civis públicas, por improbidade administrativa. Entre as motivações estão o não cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que previa a recuperação do Aterro Botuquara e apresentação de novo destino para os resíduos sólidos do Município; falta de repasses e transparências na prestação de contas no Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Fundam); e as circunstâncias da prorrogação do contrato de limpeza pública, em 2016, por mais oito anos.
O ex-secretário de Meio Ambiente, Valdenor Paulo Cenoura, questionou as informações elencadas pela OAB-PG. Segundo Cenoura, o Fundam foi instituído por ele como secretário, e significou uma vitória importante, permitindo ao Município se tornar licenciador [ambiental], e investir em projetos como o Primavera O Ano Todo.
A respeito do Aterro Botuquara, Cenoura destacou que não fez nada sem o parecer de especialistas e órgãos competentes. Fui um gestor sempre amparado pelas questões técnicas, afirmou.
Dino Schrutt
O ex-Procurador Geral do Município, Dino Schrutt, declarou que ainda não conhece o teor dos documentos. Mas posso antecipar que, em nenhum momento, o Município teve qualquer atitude ou ato de improbidade que gere prejuízo ao erário público. Até porque, o parecer jurídico dos contratos é precedido de vários requisitos, os quais o Municípios sempre cumpre, garantiu, sobre prorrogação de contrato com a PGA.
Odailton e Patrícia
O ex-secretário de Gestão Financeira Odailton Souza informou que só irá se manifestar após ser notificado formalmente sobre os questionamentos sobre os quais é citado. A ex-secretária de Meio Ambiente, Patrícia Hilgemberg, não foi localizada.
Nota oficial
A Prefeitura de Ponta Grossa enviou uma nota à imprensa, na qual representa o prefeito Marcelo Rangel, o controlador geral Lauro Rodrigues da Costa Neto e o secretário Dino Schrutt, mencionados nos ofícios enviados pela OAB-PG ao MP-PR. Segundo o texto, a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa esclarece que todos os questionamentos da OAB estarão à disposição tanto da instituição como também dos órgãos competentes. A Prefeitura reitera que não existe qualquer pendência nas questões formuladas e se coloca à disposição.