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Depressão: a doença do século XXI

Não é à toa que especialistas vêm afirmando que a depressão é o mal do século. Trata-se de uma das doenças que mais preocupam devido aos vários fatores que podem contribuir para seu surgimento ou agravamento, além de estar diretamente relacionada aos casos de suicídio.

De acordo com número da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é um dos países que apresentam maior prevalência da doença, que tem entre suas causas fatores genéticos e também ambientais.

A coordenador da comissão de psicologia clínica do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR) nos Campos Gerais, Fernanda Lopes, explica que o diagnóstico da depressão pode ser mais complexo do que aparenta. "A depressão é um conjunto de sintomas que ocorre com a pessoa que fica triste a maior parte do tempo e com um sentimento que é desproporcional à sua aparente causa”, diz.

Ela aponta algumas das características que podem ser observadas em uma pessoa e que apontam para um possível quadro de depressão.

Primeiros sintomas de depressão:

  • Tristeza profunda na maior parte do tempo
  • Desânimo e apatia diária
  • Transtornos no sono, com excesso ou insônia
  • Sentimento de culpa ou de vazio
  • Alterações no apetite
  • Falta de concentração

Consulte um profissional

Ter esses sintomas não significa sofrer de depressão. Fernanda explica que é importante diferenciar depressão, tristeza e luto. “A tristeza é sentimento natural, necessário e saudável relacionado ao ambiente. O luto é um processo decorrente de perda de algo ou alguém. A depressão acontece sem causas totalmente conhecidas, possivelmente em função de diversos fatores relacionados”, detalha.

Em situações mais graves, o quadro de depressão pode envolver o surgimento de ideias suicidas. Em qualquer dos sintomas aqui descritos, a orientação é que o paciente consulte com psicólogo e médico psiquiatra que, em conjunto, farão o diagnóstico correto. “Muitas vezes, a pessoa só está reagindo a uma situação que nem ela mesma percebeu qual é”, diz Fernanda.

Tratamento da Depressão

O tratamento para a depressão é feita por meio de medicamentos especialmente prescritos pelos médicos especialistas e por meio de psicoterapias. Os medicamentos não permitem a cura, mas aliviam os sintomas, garantindo que o paciente consiga manter a rotina e enfrentar as dificuldades diárias, por meio do tratamento biológico das conexões cerebrais. Já a psicoterapia ajuda o paciente a entender a origem e os motivos da depressão, assim como lidar com os sintomar e resolver problemas. Outras terapias alternativas também podem ajudar, quando utilizadas em paralelo com as tradicionais.

Números da Depressão em Ponta Grossa

Elevados níveis de estresse e baixa auto-estima estão entre possíveis pontos de ignição para o problema, que acomete entre 4% a 10% da população e é mais frequente em mulheres, conforme dados divulgados em artigo publicado pela Revista Brasileira de Educação Médica e assinado pelas pesquisadoras da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Cynthia Ajus Cybulski e Fabiana Postiglione Mansani.

Cerca de 28% da população jovem estudantil com idade entre 18 e 24 anos apresenta sintomas depressivos. No curso de medicina da UEPG, o estudo aponta que 67% dos acadêmicos apresentam níveis altos de estresse, e 44% deles têm prevalência à depressão.

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