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Atual vazão no Alagados garante energia e água, dizem estatais

Nível está abaixo de 9 metros, quando ideal é acima de 10 metros (Foto: José Aldinan)

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) informou que o abastecimento de água em Ponta Grossa se mantém inalterado, graças ao controle do fluxo de água realizado pela Companhia Paranaense de Energia (Copel) no sistema de barragem da Represa de Alagados. A declaração é uma resposta a questionamentos levantados por moradores do entorno da represa, que apontaram o baixo nível das águas, verificado mesmo após o período de chuvas acima da média para o período.

Segundo a Sanepar, o motivo pode estar no comportamento da represa ao longo do ano passado. “A vazão média anual esperada no Reservatório de Alagados é de 7,19 m³/s. No ano de 2020 a vazão média anual foi de 3,09. Ou seja, inferior à metade do valor esperado”, informou a Sanepar, por meio de sua assessoria de imprensa.

Apesar disso, a Sanepar destaca que, em 2020, mesmo diante da escassez hídrica no Paraná, a redução no nível dos Alagados não interferiu nenhum único dia no abastecimento de Ponta Grossa, “justamente porque a Copel é obrigada a priorizar o uso da água para abastecimento público”.

Em 2020, “a Copel e a Sanepar trabalharam em conjunto na operação do Reservatório de Alagados (…). Com essa operação, foi possível garantir o abastecimento e aumentar o armazenamento do reservatório para a cota 9,46 metros em agosto, quando ocorreram chuvas suficientes para elevar a vazão para cerca de 20 m³/s. Neste ano de 2021, a operação do Reservatório de Alagados vem seguindo a mesma política aplicada em 2020”, declarou a Sanepar.

Boato

Diante do baixo nível de água, um boato antigo voltou a ganhar destaque nas últimas semanas em rodas de conversa. Dizia-se que a barragem de Alagados apresentava fissura, e que por esse motivo o reservatório era mantido em níveis mínimos, para evitar um rompimento. Na última semana, a equipe de reportagem do Diário dos Campos e portal dcmais esteve junto à represa. Não foi possível notar nenhum dano estrutural aparente, e as únicas saídas de água eram na tubulação que alimenta as turbinas geradoras de energia e na abertura que permite a continuidade de fluxo no leito do rio.

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