O presidente paranaense do partido Cidadania (ex-PPS), deputado federal e candidato à reeleição Rubens Bueno, declarou o seu apoio a Sergio Moro, candidato ao Senado pelo União Brasil.
O anúncio foi feito diretamente em um vídeo de campanha publicado na noite de ontem (19) nas redes sociais do ex-juiz, na qual ambos os candidatos declaram apoio um ao outro citando a Operação Lava-Jato e a luta contra a corrupção.
Pessoas de bem, a favor do Paraná e do Brasil. Nessa reta final de campanha tenho a honra de receber o apoio do Deputado Federal @23rubensbueno
— Sergio Moro (@SF_Moro) September 20, 2022
Fazer o certo é o que nos une. Vamos firmes até a vitória em 2 de outubro! pic.twitter.com/ChZ093zBLG
Racha
O movimento político chama a atenção porque Rubens Bueno é presidente paranaense do partido Cidadania, que nacionalmente fechou uma federação com o PSDB. Localmente, a federação respalda a candidatura de Alvaro Dias ao Senado – e, em todas as pesquisas eleitorais, Alvaro e Moro são indicados como os dois candidatos com mais chances de conquistar a única cadeira no Senado disponível ao Paraná nas eleições deste ano.
Enquanto que, oficialmente, no site do TSE consta que Alvaro Dias conta com o apoio de uma coligação formada pelos partidos Podemos, Patriota, PSC, PSB e a federação PSDB/Cidadania, Sergio Moro não tem uma coligação formada.
Outros apoios
Pelo PSDB, o ex-prefeito de Guarapuava, César Silvestri Filho, a deputada estadual Cristina Silvestri, e a candidata a deputada federal Fernanda Viotto, de Londrina, já fazem campanha pra Moro.
Moro e Alvaro Dias
A história política entre Sergio Moro e Alvaro Dias começou antes da disputa direta de ambos ao mesmo cargo.
Alvaro foi quem primeiro ofereceu espaço para o ex-juiz na política, convidando-o a integrar o partido Podemos. Inicialmente, a ideia era lançar Moro como candidato à presidência da República pelo Podemos, mas o ex-juiz decidiu se transferir para o União Brasil.
O novo partido queria Moro como candidato à deputado federal por São Paulo para puxar votos, mas o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo decidiu cancelar a transferência do seu domicílio eleitoral para a cidade de São Paulo, como previsto inicialmente, fazendo com que ele pudesse se candidatar apenas pelo Paraná.
Assim, ele decidiu lançar sua candidatura ao Senado, concorrendo diretamente com o ex-aliado.