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Escolas privadas de Ponta Grossa retomam aulas com ensino escalonado

Salas de aula têm distanciamento e limite de alunos (Fábio Matavelli)

Uniformes, mochilas, os passos apressados para entrar ou sair da escola. Essa rotina, aliada ao trânsito de veículos e pessoas, começou a ser retomada nesta semana em Ponta Grossa, com a volta às aulas em algumas da instituições de ensino privadas. Segundo o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná (Sinepe-PR), a maioria das escolas privadas retorna atividades no início de fevereiro. Em Ponta Grossa, elas são cerca de 40 filiadas ao sindicato.

Cada escola está adotando diferentes medidas e precauções para garantir um retorno mais seguro, já que o ano letivo inicia ainda sem uma distribuição da vacina contra covid-19 e ainda em momento considerado crítico da pandemia.

No Colégio Marista Pio XII, no Jardim Carvalho, professores e alunos demonstravam um misto de ansiedade e cautela. A diretora educacional, Elisângela Iansen Martins, explicou que foi possível acolher simultaneamente todas as crianças que estudam do 1ª ao 3º anos, com o remanejamento de alunos em diferentes espaços da escola. Os demais estão participando das aulas presenciais de forma escalonada.

“Foi preciso garantir o distanciamento das carteiras, as marcações no chão, e álcool gel em toda parte”, diz a diretora. Os profissionais associaram o face shield de acrílico à máscara facial de tecido, e as crianças também estava todas usando máscaras. No chão, tapetes de sanitização se espalham diante das portas. As aulas voltam, mas não é possível e nem recomendável esquecer do novo coronavírus.

Elisângela revela que cerca de 90% dos pais de alunos optaram pelo retorno das crianças. “Só não puderam voltar aqueles que fazem parte de algum grupo de risco, ou que têm alguém do grupo de risco em casa”, diz.

Regresso

A professora Juliana Rodrigues, 37 anos, que dá aulas para o 3º ano, notou nas crianças o significado do regresso à escola. “Pude ver nos olhinhos deles como estavam contentes de estar no colégio dividindo a sala com os amigos. Mas também estava curiosos, querendo saber se podiam ir a outros ambientes da escola”, disse. Espaços como biblioteca e auditório continuam interditados.

Rotina

Giancarlo Pavan foi buscar os filhos no colégio na tarde dessa segunda-feira (25). O que era para ser algo normal, agora tem ares de novidade e ainda causa uma certa tensão. “É um momento de transição. Estavam todos ansiosos e a escola está tomando as precauções. Estou convicto de que vai dar certo e ajustando a rotina de trabalho… mas ficaremos prontos para qualquer eventualidade”, disse, ao buscar Beatrice, 8 anos e Vicente, 5 anos.

Decretos autorizam o regresso às escolas

O diretor-presidente da Regional Campos Gerais do Sinepe-PR, Osni Mongruel Junior, explica que o retorno está embasado em decretos. “Ponta Grossa teve decreto da prefeitura em novembro de 2020*, liberando as aulas em escolas particulares. Esse decreto não foi revogado, nem foi feito um novo… Portanto, continuam autorizadas as voltas às aulas. E houve um decreto dia 20 do estado, autorizando o retorno”, diz ele, que também é diretor do Colégio Sepam.

No Sepam as aulas também retornaram nessa segunda-feira para o ensino infantil. Na próxima semana retorna a partir do ensino fundamental. Os dias ainda são de acolhimento dos alunos, entrega de apostilas e agendas. Haverá uma redistribuição de turmas, com escalonamento dos alunos, que irão alternar semana de atividades presenciais com semana de atividades remotas.

CORREÇÃO: A reportagem citava o decreto como sendo do ano 2002. A grafia correta foi acrescentada posteriormente.

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