Ao longo dos últimos 12 meses, contados a partir do dia 31 de agosto, houve queda na diferença entre os números de nascimentos e óbitos em Ponta Grossa. A redução foi de 9,4% nos nascimentos, enquanto houve um aumento de 59,4% nos óbitos.
O dado da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil) sugere que esse é um dos efeitos do segundo ano de pandemia no município. A reportagem do Diário dos Campos e portal dcmais analisou os dados disponíveis na plataforma online da Arpen.
A consulta mês a mês apontou que o município vem diminuindo a diferença numérica entre nascimentos e óbitos. Entre 2018 e 2019, Ponta Grossa teve 3,4 mil nascimentos a mais do que óbitos. No último ano, a diferença caiu para 1.074. Ou seja, o saldo entre nascimentos e falecimentos caiu praticamente dois terços.
Nascimentos e óbitos em Ponta Grossa
A análise dividiu os números em três períodos de 12 meses. Foram verificados os intervalos de setembro a agosto, nos anos 2018, 2019, 2020 e 2021. As estatísticas revelam que, entre setembro de 2019 e agosto de 2020, houve redução nos nascimentos e óbitos em Ponta Grossa.
No caso dos nascimentos, a queda já vinha ocorrendo ano a ano, conforme apontou reportagem publicada pelo dcmais em abril. No caso das mortes, a queda foi pequena e se relaciona, aparentemente, com o início da pandemia. Foi quando houve interrupção de serviços e menor circulação de pessoas. Houve menos acidentes de trânsito, queda na criminalidade, e um isolamento social repentino.
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Contexto da pandemia
Já no período entre 2020 e 2021, quando o contexto de pandemia estava consolidado, os números refletem diretamente o comportamento da população. Por opção, ou por consequência do agravamento da covid-19, muitos casais parecem ter adiado a intenção de ter filhos. Por outro lado, houve meses de aumento substancial de mortes relacionadas à covid-19, intercalados com meses de maior abertura social.
Agosto
O mês de agosto tem sido emblemático. Agosto de 2020 marcou o momento em que a população retomava parte de suas atividades, após esboços de lock down. Foi a primeira vez na pandemia, após seis meses, que o município registrou mais de 200 mortes.
Depois disso, durante um ano, não houve menos que 200 óbitos ao mês. Chegou a 509 óbitos em março de 2021, no auge da pandemia no estado.
Somente agora, em agosto de 2021, o município viu uma queda mais significativa nas mortes. Foram 200 óbitos no mês passado. Um número que seria considerado normal se não fosse a pandemia.
Confira os dados mês a mês, consultado a plataforma da Arpen Brasil