em

Região dos Campos Gerais comemora 111 anos da imigração holandesa

Descendentes foram fundamentais para o desenvolvimento da economia do Paraná

Foto: Acervo

A região dos Campos Gerais está comemorando 111 anos da imigração holandesa. Em 1911 a cidade que hoje se chama Carambeí, município com pouco mais de 20 mil habitantes, recebeu, os primeiros imigrantes vindos da Holanda. As famílias não foram as primeiras estrangeiras a chegarem ao Brasil, mas, até hoje, os holandeses, juntamente com outros descendentes, se destacam pela contribuição dada à agropecuária no Sul do Brasil e a outras áreas da economia na Região Norte, desde o século dezessete.

Essa colonização se estendeu a outros municípios do interior do Paraná, como Arapoti, Carambeí e Castro, onde Janet Bosch, filha de imigrantes e conselheira da Associação Cultural Brasil-Holanda (ACBH), vive atualmente. “Minha mãe chegou ao Brasil em 1953 junto com a família de agropecuaristas, aos 17 anos. Já meu pai imigrou da Holanda para o Brasil sozinho, em 1960, aos 23 anos. Após o casamento, ele largou a profissão de mecânico para virar agricultor”, lembra.

Janet conta que a língua holandesa sempre esteve presente na família, mas que é difícil manter, já que a integração com o povo brasileiro é uma realidade muito forte no dia a dia. Mas outros costumes permaneceram: “eu e meus irmãos fomos criados dentro da cultura holandesa, por isso, muitas coisas estão presentes, como na alimentação, na religião e na educação. O hábito de toda a família se reunir em torno da mesa para fazer as refeições, por exemplo, é algo que tento manter”.

A imigração holandesa e a economia dos Campos Gerais

No Paraná, a influência dos descendentes holandeses é forte, pois eles foram os responsáveis pela construção de instituições importantes para a cultura e para economia local, como é o caso das cooperativas, que hoje são uma das principais fontes de renda da população. A filha de imigrantes conta que as cooperativas fizeram a diferença nessa integração desde a chegada ao Brasil. “O conceito de ajuda mútua presente nessas instituições faz com que a gente chegue muito mais longe, de forma coletiva e organizada. Nós ajudamos no fortalecimento do setor agropecuário do Estado e isso nos ajudou como pessoas. O resultado é uma comunidade unida e sólida”, destaca.

Segundo ela, essa valorização do trabalho cooperativo está no DNA do povo holandês e impulsionou o desenvolvimento da economia dos Campos Gerais. Fundada por imigrantes holandeses, a Castrolanda, cooperativa que integra a marca de intercooperação Unium, é uma das bacias leiteiras mais produtivas e avançadas do país. “A cultura holandesa tem a característica do empreendedorismo e isso está bem presente na cultura das cooperativas do grupo, faz parte do nosso trabalho”,completa Auke Dijkstra, gestor de estratégia e inovação da Unium.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.