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“Será um ano de debate acalorado”, diz líder do governo

Criação de fundo previdenciário complementar deverá ser primeira tema que o governo deverá enviar ao Legislativo, e Luiz Claudio Romanelli prevê um ano de intenso debate

 

Divulgação
Romanelli: “Será um ano de muito debate político acalorado”

 

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) retoma suas atividades na segunda-feira, e o líder do governo na Casa prevê um ano de muito debate. Em entrevista exclusiva concedida à Associação dos Jornais Diários do Interior do Paraná (ADI-PR), Luiz Claudio Romanelli (PMDB) adianta que a criação do fundo de previdência complementar para os servidores do Estado deverá ser o primeiro tema polêmico que irá mobilizar o Legislativo.

O parlamentar ainda faz uma análise do cenário econômico e assegura que os investimentos do Estado em 2016 vão priorizar as obras e ações que garantam o bom nível de empregos registrado no Paraná nos últimos anos.

Segundo Romanelli, que comandou a Secretaria do Trabalho entre 2011 e 2014, os R$ 8 bilhões previstos nos investimentos estaduais neste ano vão constituir uma política contra a recessão e a favor do emprego, principalmente nas áreas da infraestrutura e da construção civil, onde devem se concentrar a maior parte das obras estaduais. Leia a seguir a entrevista com o deputado.

ADI – O Paraná conseguirá superar a crise?
Romanelli – O Paraná já superou a crise. Estamos com o orçamento equilibrado, pagamos os credores, os salários estão em dia e o governo honrou todos os compromissos que assumiu, como promoções e progressões. E o ajuste fiscal foi fundamental para isso. O Paraná é uma das duas exceções, com um aumento de investimento de 21,73% na comparação com o ano anterior – aproximadamente R$ 3,5 bilhões, que somados com os investimentos que serão realizados pelas estatais (Copel, Sanepar, Compagás), chegará perto de R$ 8 bilhões.

ADI – Quais serão as prioridades para estes investimentos?
Romanelli – O governo tem no orçamento R$ 7,8 bilhões para investimento. Serão R$ 3,1 bilhões do Tesouro mais R$ 4,7 pelas estatais. São investimentos significativos em infraestrutura, logística, políticas sociais, programas habitacionais, programas na área da educação e da saúde. Programas de melhoria da qualidade de vida do povo paranaense. E com uma grande vantagem: em um ano de crise, a prioridade das obras será para aquelas que geram emprego. O Estado tem que ser um tutor, tem que fomentar e criar condições para que cada real que se aplica resulte na possibilidade de ter emprego para que os paranaenses possam de fato enfrentar este difícil ano de 2016.

ADI – Quais as perspectivas para 2016 na Assembleia?
Romanelli – Será um ano de muito debate político acalorado. Analisaremos se será votado ou não a criação do fundo de previdência complementar, que é necessário. Já foi adotado pelo governo federal e por outros estados, para os novos servidores. Para os atuais servidores e inativos, nada muda. A nova regra valerá apenas para novos editais de concursos que serão feitos. A decisão de enviar ou não o projeto será do governador Beto Richa, mas como líder do governo, coloquei um pressuposto: todos os servidores públicos têm que ter amplo conhecimento do projeto. Faremos seminários regionais, debates, boletins informativos, uma ampla discussão. Estou convencido que ou nós vamos pensar como vai ser daqui a trinta anos, ou não haverá recursos para pagar a conta da previdência. A garantia para os atuais aposentados e pensionistas e para os servidores ativos, é a adoção de um sistema previdenciário para os novos servidores. É um debate que deve ser feito intensamente com os servidores públicos antes que venha para a Assembleia.

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