Deputado estadual sinaliza mudança de legenda e pode acompanhar Alvaro Dias em ida ao Podemos
A filiação do senador Alvaro Dias ao recém-criado Podemos (que antes respondia pela sigla PTN) deve ter desdobramentos no cenário político no Paraná e também movimentar as peças do tabuleiro político na região. O deputado estadual Marcio Pauliki (PDT) adianta que seguirá o caminho que Osmar Dias irmão de Alvaro e provável candidato ao governo do Estado e não descarta uma eventual ida à nova legenda.
Pauliki acompanhou a filiação de Alvaro Dias ao Podemos no último fim de semana, em Brasília, e admite que há um convite do Podemos, mas condiciona à mudança de legenda a Osmar Dias. A possibilidade é que haja uma ‘debandada’ no grupo que Pauliki e Osmar compõem, que inclui também o prefeito de Maringá, Ulisses Maia (que também esteve na posse de Alvaro no Podemos).
A tendência é que Pauliki deixe o PDT após desgaste com a legenda, também de olho nas disputas eleitorais e no perfil que o Podemos aposta, de políticos ‘independentes’ e mais voltado ao centro. A aposta do parlamentar é que partidos e políticos com postura mais independente sejam mais aceitos pela população.
Confira alguns trechos da entrevista concedida por Pauliki ao Diário dos Campos.
Mudança de partido
É óbvio que se discute uma mudança de partido, entre eu e um grupo político. O que se aguarda é a definição por parte do Osmar Dias, que deve ocorrer até setembro. No meu caso, há a possibilidade de mudança somente com a janela partidária, que acontece no ano que vem. Mas os grupos políticos já estão se articulando. São vários os convites e juntos vamos discutir qual deve ser a melhor opção.
Ida ao Podemos
Fico lisonjeado com o convite, tenho uma proximidade com o presidente estadual da legenda, que é de Ponta Grossa, que é o Eliseu Chociai. Neste encontro em Brasília pude conhecer mais as diretrizes do Podemos, que é próxima da que eu trabalho, através de enquetes, pesquisas, junto aos eleitores, sempre buscando saber qual a opinião deles.
Relação com o PDT
Tenho um respeito muito grande pelo partido, são vários pontos em comum, me deu apoio e gosto do PDT. No entanto, tive problemas com a diretriz nacional da legenda, houve uma certa animosidade.
Cenário político
A cultura partidária no Brasil ainda é incipiente, mas tende a mudar. Creio que no futuro tende a ocorrer algo semelhante à França, com o (Emmanuel) Macron (presidente eleito na França). Algo mais independente, com posicionamentos bons da esquerda, e bons da direita. Mas as pessoas querem saber além disso, a parte eleitoral é pontual, tem mais a ver com a filosofia partidária.
Atuação na Alep
Estamos intensificando o trabalho junto ao programa Nota Solidária, que completa um ano, além de dar atenção ao Paraná Fomento. Além disso temos atuado bastante na área de segurança, com reivindicações, emendas e devemos focar bastante na área da saúde. No segundo semestre acredito que teremos novidade em relação à implementação do Complexo Oncológico dos Campos Gerais. Também deveremos ter boas notícias a respeito de programas de atração de indústrias para a região e polos regionais.