em

Sandro e Aliel veem Temer ‘indefensável e sem governabilidade’

Deputados ponta-grossenses apontam crise aguda em governo de Temer; Aliel adianta voto favorável à denúncia, e Sandro dá indícios que deverá votar pelo ‘sim’

 

Arquivo DC
Sandro e Aliel votarão em plenário sobre denúncia contra o presidente Temer

 

 

Presentes como suplentes na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, os deputados Aliel Machado (rede) e Sandro Alex (PSD) veem o parecer favorável à abertura de investigação contra o Presidente Michel Temer como mais um episódio que expõe a fragilidade do presidente.

Aliel já adiantou que irá votar a favor do recebimento da denúncia feita pela Procuradoria Geral da República contra Temer, enquanto que Sandro prefere não adiantar seu voto, embora dê indícios que também deve optar pelo ‘sim’. “Nós, da Rede, votaremos na comissão – e também o plenário -, pela aceitação da denúncia. O Governo manobra para evitar o afastamento do primeiro presidente da história denunciado por crime de corrupção passiva no exercício do cargo, mas com este relatório consistente sugerindo o prosseguimento da denúncia, será difícil encontrar algum deputado que defenda Temer”, afirma Aliel.

Sandro Alex relatou que se encontrou com o relator Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que foi favorável à autorização do prosseguimento da denúncia contra Temer no Supremo Tribunal Federal. “É uma situação delicada, o presidente da Comissão é do PMDB, o relator é do mesmo partido, e é favorável ao recebimento da denúncia, então expõe uma fragilidade muito grande do governo”, comentou Sandro. “Houve 17 trocas de membros da CCJ para salvar o governo, mas não acredito em êxito a médio prazo. A curto prazo talvez, provavelmente terá uma vitória na CCJ, mas a que custo?”, analisa o deputado ponta-grossense. “Temos um plenário extremamente frágil, outras denúncias na fila que virão e não vejo governabilidade. É um governo que não governa mais”, comentou o deputado do PSD.

A respeito de seu voto quando a denúncia da PGR for para votação em plenário, Sandro afirma já ter um posicionamento, mas prefere não torná-lo público. “A população já sabe como vou votar, quem me conhece sabe do meu posicionamento. Não estou com dúvidas, mas não vou divulgar, prefiro assim. No impeachment da Dilma me pronunciei antes porque era um dos que havia assinado o pedido, era uma situação diferente. Queremos saber o que de fato aconteceu. Isto não é uma condenação, mas sim um pedido para que se investigue, a sociedade tem o direito de querer que se investigue”, afirma.

Aliel, por sua vez, criticou a substituição de membros da CCJ para tentar blindar Temer das denúncias. “O governo vem manobrando para tentar passar uma impressão de normalidade e força da base aliada. Mas o que vemos na verdade é um governo cada vez mais frágil e indefensável”, disse.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.