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Sandro Alex e Aliel votam pela cassação de Cunha

Divulgação
“Lugar de ladrão é na cadeia, lugar de quem mente não é nesta casa”, afirmou Aliel, a Eduardo Cunha

Os dois representantes de Ponta Grossa na Câmara Federal votaram a favor da cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Dos parlamentares paranaenses presentes na sessão que acabou já na madrugada de terça-feira, 25 votaram pelo ‘sim’ à saída do ex-presidente da Câmara, entre eles Aliel Machado (Rede) e Sandro Alex (PSD).

Na sessão que decidiu pela cassação de Cunha, Aliel Machado foi o responsável pelo encaminhamento do voto da bancada da Rede. “Lugar de ladrão é na cadeia, lugar de quem mente não é nesta casa. Hoje, nós vamos caçar vossa excelência e, amanhã, vossa excelência terá que responder também na Justiça e pagará pelos seus atos”, discursou Aliel, que teve seu discursado acompanhado de Cunha, que se postou à frente de todos os parlamentares que encaminhavam seus votos. “O senhor manobrou nesta casa, inverteu votações e já é considerado, pelo Supremo Tribunal Federal, réu em dois inquéritos. O senhor foi retirado desta casa não pelos deputados, mas pela Justiça. Nós precisamos de respeito, porque a política não aguenta mais tanta corrupção, tanta mentira de quem faz discurso fácil”, prosseguiu Aliel.

Vice-relator do processo no Conselho de Ética, que deu parecer favorável à cassação de Cunha, Sandro Alex relembrou o trabalho no colegiado e ressaltou que a votação encerrou um dos mais longos processos que tramitou no Congresso. “É o desfecho de um processo que há meses se arrastou. No Conselho de Ética fizemos um parecer bem elaborado, com ampla discussão e com provas de diferentes órgãos de fiscalização. Cumprimos nossa obrigação”, relembrou.

Dos parlamentares paranaenses, Takayama (PSC), Toninho Wandscheer (PROS) e Fernando Francischini (SD) não compareceram à sessão, enquanto que Nelson Meurer (PP) e Alfredo Kaefer (PSL) se abstiveram.

Inelegível

Em uma sessão que se arrastou noite adentro, o Plenário da Câmara dos Deputados cassou, por 450 votos a 10, o mandato do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de ter mentido em depoimento espontâneo à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em maio de 2015, quando disse não ter contas no exterior. Com o resultado, Cunha fica inelegível até 2027. Ele é o sétimo deputado a ter o mandato cassado desde a criação do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, em 2001.

Cunha esteve afastado das funções de deputado federal desde maio deste ano, assim como da presidência da Casa até 7 de julho, quando renunciou a este cargo.

Os deputados acolheram, na segunda-feira (12), parecer do relator da matéria no Conselho de Ética, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), para quem todas as provas analisadas pelo colegiado, como extratos bancários, depoimentos de testemunhas e documentos do Ministério Público suíço, comprovaram que o parlamentar possui conta, patrimônio e bens no exterior não declarados à Receita Federal.

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