Associação dos Municípios do Paraná planeja um dia de protesto contra a crise econômica e política no país
As prefeituras do Paraná estão planejando a realização de um dia de protesto contra o que as administrações chamam de “crise política, econômica e institucional do País”. Prefeitos de todas as regiões do Estado pretendem definir, em conjunto, ações que serão tomadas para reduzir os gastos públicos.
A definição do dia de protesto e das medidas a serem tomadas acontecerá a partir das 9 horas da próxima terça-feira na reunião que a diretoria da Associação dos Municípios do Paraná (AMP) promoverá na sua sede, em Curitiba, com os representantes das 19 associações regionais de municípios do Estado.
O presidente da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG), Roger Selski, informou que irá participar da mobilização e deverá se reunir com outros prefeitos no dia 4 do próximo mês, para debater o tema.
Para o presidente da AMP e prefeito de Assis Chateuabriand, Marcel Micheletto, a crise econômica do País está agravando a desigualdade existente na distribuição de receitas entre a União, os Estados e os Municípios. “Mesmo sendo o lugar onde todos os tributos são gerados e onde vivem as pessoas, as prefeituras recebem menos de 20% de todos os impostos que o Governo Federal arrecada, não ganham um só tostão das contribuições e absorvem encargos cada vez maiores e mais pesados. Não podemos mais aceitar que esta brutal desigualdade continue, denuncia.
Números da crise
Na reunião com os representantes das associações, Micheletto vai apresentar os números referentes aos recursos que as prefeituras do Paraná perderam ou deixaram de receber devido à crise econômica.
Esses dados referem-se principalmente aos chamados Restos a Pagar (RAPs), valores devidos pela União às prefeituras, ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e às emendas parlamentares.
O presidente da AMP ainda convoca a população a se integrar ao movimento dos prefeitos. “As pessoas precisam entendem que a situação é grave e que elas devem apoiar os prefeitos nestas reivindicações. Caso contrário, a própria população será prejudicada. “Os municípios estão sangrando e vão morrer se o pacto federativo não for revisto, adverte.