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Pets: Como proteger os animais dos fogos de artifício

As festas de fim de ano, especialmente o Réveillon, são tradicionalmente barulhentas e causam desconforto, estresse e ansiedade em muitos pets. Cães e gatos têm uma sensibilidade auditiva maior do que os humanos e, por isso, tendem a sofrer mais com barulhos. Saiba como proteger os animais dos fogos de artifício.

Ainda que nem todos os pets sejam igualmente suscetíveis ao som dos fogos, praticamente todos ficam incomodados com o barulho excessivo e apresentam sinais de estresse, ansiedade ou desconforto.

A médica veterinária Ana Elisa Arruda Rocha explica que isso ocorre porque a audição dos pets é mais apurada, mas o comportamento dos tutores pode potencializar o medo.

“Alguns animais reagem de maneira mais acentuada ao observar a reação dos tutores. Se um animal ouve o barulho de fogos e o tutor imediatamente vai acolhê-lo, esse pet passa a escalonar comportamentos de medo, afinal, ele entende que vai receber a atenção do tutor sempre que isso ocorrer”, comenta a professora do UniCuritiba – instituição que integra a Ânima Educação.

Proteger os animais dos fogos de artifício

A recomendação é que os tutores mantenham a serenidade e não transmitam ainda mais estresse e ansiedade para seus bichinhos. Outra dica é acalmar os animais desde novos, ainda filhotes. “Expressões faciais e corporais tranquilas ou até reações de alegria e festa podem ajudar. Assim os pets aprendem que esses sons altos, apesar de incômodos, não representam riscos”, orienta Ana Elisa.

Mesmo com essa estratégia é possível que alguns animais sejam mais sensíveis e desencadeiem fobias e reações fisiológicas graves. Nestes casos, segundo a médica veterinária, cães e gatos podem entrar em estado de luta, fuga ou “congelamento”.

“Há casos de alterações respiratórias, cardíacas e neurológicas graves ou comportamentos impulsivos de pular muros, portões e até janelas no intuito de fugirem do barulho. Infelizmente, esses segundos de desespero podem ser fatais”, alerta a professora do curso de Medicina Veterinária do UniCuritiba.

Estratégias para reduzir o estresse

A médica veterinária Ana Elisa Arruda Rocha recomenda um tratamento comportamental para os pets alguns meses antes do Réveillon. “Um profissional especializado ajuda a dessensibilizar os animais de maneira gradativa.”

As dicas envolvem ligar sons de fogos de artifício perto do animal, sempre em ambiente controlado, com volume mínimo, e aumentar gradativamente conforme a tolerância de cada pet.

Outra estratégia é utilizar petiscos e recompensas. Os tutores também devem fazer expressões corporais associadas a relaxamento e felicidade sempre que ouvirem fogos de artifício.

Segundo a especialista, alguns animais se sentem mais calmos com faixas compressivas ao redor do tórax, mas essas faixas precisam ser de compressão moderada para não comprometer a respiração dos pets. “Sempre que o tutor utilizar esse recurso é importante monitorar os animais atentamente.”

Animais com doenças cardiovasculares e neurológicas devem ser mantidos em ambientes calmos e silenciosos, sendo também monitorados de perto. “Podemos utilizar faixas que ajudem a tapar as orelhas para minimizar o som, distraí-los com músicas com frequências calmantes para animais e ainda recorrer à aromaterapia”, comenta Ana Elisa.

O uso de medicamentos calmantes só deve ser feito mediante prescrição veterinária, já que esses medicamentos podem levar a outras consequências graves à saúde, colocando o animal em risco.

A professora diz que existem produtos homeopáticos ou naturais utilizados nas semanas que antecedem o Réveillon. Quem opta por essa alternativa pode obter boas indicações com um profissional. “O que não pode, definitivamente, é deixar os animais sozinhos nesta época do ano, independentemente da idade ou do temperamento”, recomenda a médica veterinária.

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