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Novo horário do comércio de Ponta Grossa gera preocupações entre funcionários

Entre as novas medidas de combate ao novo coronavírus que entrarão em vigor na próxima semana está a alteração no escalonamento de comércio e serviços de Ponta Grossa, que passam a poder funcionar todos os dias em dois turnos definidos pela Prefeitura Municipal: das 9 às 15 horas podem atender lojas de vestuário, artigos pessoais e demais atividades e das 12 às 18 horas estabelecimentos de eletrodomésticos e utilidades domésticas.

Os novos horários foram avaliados como positivos pelo sindicato que representa os empresários do setor, Sindilojas, pela Associação Comercial, Industrial e Empresarial (ACIPG) e até mesmo pelo Sindicato dos Empregados do Comércio – que, porém, tem ressalvas relacionadas à fiscalização e à rotina dos trabalhadores.

Quanto ao horário é uma questão de adaptação, para nós não se não tiver nada que atrapalhe efetivamente a questão da contaminação da doença é apenas uma liberdade maior. Porém, temos situações ais delicadas como por exemplo a questão de que se abre tudo e as escolas permanecem fechadas, com quem o trabalhador vai deixar as suas crianças? Nossa preocupação maior são as famílias”, avalia o presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Ponta Grossa, João Vendelin Kieltyka.

Outra preocupação levantada pela entidade é relacionada ao transporte público. De acordo com as novas medidas, apesar de 100% da frota ser obrigada a operar e as gratuidades para pessoas acima de 60 anos serem suspensas, apenas poderão circular passageiros sentados, o que diminui a capacidade de lotação de cada ônibus.

Quem vai controlar que as lojas irão cumprir o mesmo horário de atendimento com os funcionários? Pode ser que fechem às 15h, por exemplo, mas continuem trabalhando internamente”, afirma Kieltyka, referindo-se a um possível sobrecarregamento do transporte coletivo.

Em nota enviada à pedido do DC, a Prefeitura afirmou que o escalonamento por horário visa reduzir o fluxo de trabalhadores no transporte público, “além de permitir que os consumidores possam numa única saída resolver diferentes necessidades nos estabelecimentos comerciais. A Prefeitura ainda reforça que o escalonamento é válido para a abertura das lojas de rua para procura espontânea do público, sendo ainda permitido o atendimento com hora marcada nos demais horários, respeitando o limite o máximo de um cliente por atendente”, disse.

De acordo com as novas medidas, supermercados e shoppings poderão abrir até às 22 horas. “Há locais em que os ônibus não vão depois das 22 horas, então deve-se ter um cuidado para que esses trabalhadores sejam contemplados”, destaca ele, lembrando da redução de lotação máxima de cada ônibus.

 

Quanto mais tempo aberto, menos aglomeração”, afirma Sindilojas

Para o presidente do Sindilojas, José Loureiro, a decisão é positiva porque na sua opinião quanto mais tempo o comércio ficar aberto, menos aglomerações ele deve gerar. “Muita gente tinha que ir para o centro em mais de um dia , mas agora pode concentrar todas as compras em um só porque tudo estará aberto”, afirma ele.

A ACIPG também afirmou concordar com as novas medidas porque, de acordo com a entidade, a abertura do comércio diariamente, mas de maneira escalonada por segmento irá fazer a economia fluir melhor. Em relação ao transporte coletivo o presidente da Associação, Douglas Taques Fonseca, ressalta que “não adianta restringir o comércio e o transporte público continuar lotado pela concessionária trabalhar com a frota reduzida”. “O momento é de pandemia e se as medidas devem ser cumpridas pelas lojas de manterem os clientes em fila para atendimento fora dos estabelecimentos comerciais, a concessionária não pode permitir aglomerações dentro dos coletivos. Por isso, concordamos em que só possam ficar no ônibus os passageiros sentados”, diz ele.

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