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Ponta Grossa tem 23% das residências sem caixa d’água

Um levantamento realizado pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), a pedido do Diário dos Campos, revela que 23% dos imóveis residenciais de Ponta Grossa – cerca de 31 mil casas – não possuem caixa d’água. A estimativa se baseia na última pesquisa de satisfação realizada pela Sanepar junto aos seus clientes, e aponta para um percentual maior que o do estado. Conforme a mesma pesquisa, no Paraná cerca de 16% dos clientes residenciais não têm caixa d’água.

Essa porcentagem é um pouco maior para as famílias cadastradas na Tarifa Social, em torno de 24%, o que em Ponta Grossa corresponde a 2 mil imóveis. A Tarifa Social é uma tarifa residencial diferenciada para a população de baixa renda, que adota como critérios a área construída, consumo, número de moradores e renda familiar.

A questão financeira é, aliás, um dos principais motivos para o fato desses imóveis não possuírem caixa dágua. O ponta-grossense Giovani Cristiano Borgo é um dos que precisam estar atentos a eventuais interrupções de abastecimento. Quando fica sabendo de interrupção programada, precisa improvisar um recipiente para estocar um pouco de água. Apesar de estar há um ano e meio no mesmo endereço, ainda não tem caixa dágua. “Isso não foi planejado. Tenho a intenção de colocar, mas ainda não o fiz por questão financeira. Acredito que aqui na região a maioria dos moradores não possui caixa d’água”, diz Giovani, que reside entre as vilas Oficinas e Olarias.

Há poucos dias, a região foi uma das que ficaram sem água por, pelo menos, dois dias seguidos. Primeiro para uma obra programada de interligação de novas redes, depois devido a um rompimento de tubulação o que, segundo a Sanepar, eventualmente acontece quando a rede é repressurizada.

 

Incentivo

De acordo com a companhia, a instalação da caixa d'água é permanentemente incentivada pela Sanepar em todos os seus canais de relacionamento com o cliente, inclusive com mensagem na fatura de água e nos avisos de utilidade pública divulgados na imprensa. Também são permanentes as orientações sobre a importância do uso do equipamento nas atividades de educação ambiental desenvolvidas pela Sanepar com a comunidade, como no EcoExpresso Sanepar, por exemplo, ou ainda em campanhas publicitárias. A instalação de caixa d'água ou cisterna também é exigência na aprovação de projetos hidrossanitários de empreendimentos novos e, em Ponta Grossa, já está sendo estudada uma parceria com o município para que a emissão de alvarás cite o uso da caixa d'água.

 

Parceria

Uma parceria entre a Sanepar, Secretaria da Justiça, Família e Trabalho e municípios realiza ainda o programa Caixa D'Água Boa, que promove o acesso à caixa d'água para famílias em situação de vulnerabilidade social em municípios prioritários, que possuem os indicadores sociais e econômicos mais críticos do estado com base no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).

 

Regiões que exigem atenção

Nos últimos anos, a Sanepar intensificou obras de ampliação de redes e adequação de adutoras em Ponta Grossa. Isso obriga a interrupções programadas, e a transtornos inevitáveis para quem não possui caixa dágua em casa. Considerando obras iniciadas em 2019, outras em curso e outras, ainda, que serão feitas nos próximos anos até 2027, a concessionária estima um investimento de mais de R$ 161,7 milhões. O montante é necessário para adequar a captação e fornecimento de água ao crescimento populacional e expansão territorial urbana do município. Segundo a Sanepar, as obras de interligação que ampliam os setores estão com mais de 80% executadas, e devem ser finalizadas no primeiros semestre de 2021.

 

Veja qual o tipo ideal de caixa d’água

1 a 4 pessoas – 500 litros

5 a 6 pessoas – 750 litros

7 a 10 pessoas – 1.000 litros

* a limpeza da caixa deve ser feita, no mínimo, a cada seis meses

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