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Maio apresenta recuperação de 10% na economia ponta-grossense

Ser considerado “essencial” teoricamente pode beneficiar a sobrevida de uma atividade dado que a mesma pode operar – embora de forma restritiva – no período em que se teve a restrição da abertura das empresas de Ponta Grossa. Pesquisa elaborada pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa (CDEPG) aponta que a perda média de faturamento da empresas da cidade durante o período de distanciamento social foi de aproximadamente 55%, sendo 65% entre os estabelecimentos não essenciais e 40% entre os essenciais.

Estes números são da segunda fase da pesquisa, realizada em maio e disponibilizada nesta segunda-feira (8); na primeira, que teve os questionários respondidos no mês de abril, a média de perdas era quase 10% maior, de 64%, sendo 71% entre os não-essenciais e 50% entre os essenciais – o que comprova uma recuperação, ainda que gradual, da economia ponta-grossense.

Porém, um dado que permaneceu o mesmo entre um mês e outro é que que a maioria das empresas teve 80% ou mais de queda no seu faturamento durante o período de isolamento. Entre as essenciais 20% delas registraram esse resultado – ante 28% – e entre as não essenciais 53% dos estabelecimentos afirmaram ter essas grandes perdas – ante 66% em abril.

Ademais, entre os essenciais, aproximadamente 20% mantiveram e até mesmo elevaram sua receita no período de medidas de distanciamento, contra 8% dos não essenciais. Anteriormente essas parcelas eram de apenas 10% e 6%, respectivamente.

Pequenos sofrem mais

Fazendo o recorte por porte empresarial, a tendência de que os pequenos negócios são os que mais têm sofrido com a crise se manteve. Na média, a perda de faturamento correspondeu a 64% para as microempresas individuais (MEIs), 61% para microempresas, 55% para as empresas de pequeno porte, 21% para as de médio porte e 39% para as grandes empresas. “Repete-se, portanto, cenário similar ao observado no mês de abril, com uma pequena retração dessa queda de faturamento em maio, com exceção das empresas de grande porte, as quais elevaram a queda de receitas de 27% em abril para 39% em maio”, destaca o estudo.

Setores

Considerando as áreas das empresas, 33% dos estabelecimentos industriais mantiveram suas receitas, assim como 25% dos estabelecimentos educacionais e 20% dos da comunicação. manutenção, assessoria/consultoria/contábil/administração, construção civil, gastronomia/bares/restaurantes, outros serviços e o comércio varejista, foram as outras áreas que tiveram alguma preservação da receita de seus estabelecimentos.

Agora, na contramão, com 80% ou mais de queda do seu faturamento, encontram-se todos os estabelecimentos da área de eventos e de turismo/hotelaria/atrativos e comércio atacadista. Soma-se a essas, as áreas de transporte de pessoas e gastronomia/bares/restaurantes, as quais tiveram mais de 60% dos seus estabelecimentos com queda acentuada da receita.

Na média, a área de eventos perdeu 97% do seu faturamento, seguido do turismo/hotelaria/atrativos (83%), transportes de pessoas (80%), comércio atacadista (80%), academia (75%), gastronomia/bares/restaurantes (71%). Quanto ao último segmento, o estudo ressalta que é “importante destacar que ao mesmo tempo que apresenta a maioria dos seus estabelecimentos com queda acentuada das suas receitas, teve um percentual, pequeno, que conseguiu manter a sua dinâmica econômica, havendo uma heterogeneidade nesse segmento”.

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