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Ponta Grossa perde quase 5,8 mil empresas em um ano

No período de um ano Ponta Grossa perdeu 5.797 empresas, passando de 48.490 em abril de 2019 para 42.693 em abril de 2020. Percentualmente a redução é de 11,95%, mais acentuada principalmente no comércio, que entre atacados e varejos teve a média de queda de 24,74%. Os números constam no estudo do instituto de pesquisa IPC Marketing Editora que calcula o potencial de consumo de todas as cidades brasileiras baseado em dados oficiais.

O comércio apresenta os piores desempenhos tanto nos números absolutos, quanto no percentual: são 3.953 empresas a menos, sendo 3.389 do segmento varejista (-24%) e 564 do atacadista (-29,49%). Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Grossa (Sindilojas), José Loureiro, a tendência, com a pandemia, é de que os números caiam ainda mais nos próximos meses.

“O comércio já vinha com recursos baixos há dois anos por conta da situação econômica. O crescimento das vendas já vinha sendo baixo, inferior aos anteriores, e com os fechamentos de lojas causados pela pandemia os fluxos de caixa foram reduzidos ainda mais”, avalia ele.

“Muita gente não aguentou e muita gente não vai aguentar. Tem segmentos que se destacam, outros que não. Mas com essa tendência vista em anos anteriores o dinheiro que se ganhava a mais era usado pra investir na empresa, não sobrava para fazer reserva de capital para emergências”, destaca Loureiro, lembrando da pesquisa de abril do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa (CDEPG) que apontou que a maioria das empresas sobreviveria a apenas mais dois meses permanecendo fechadas por conta do combate à covid-19.

Entre os quinze segmentos listados apenas quatro registram uma quantidade maior de empresas neste ano frente ao mesmo período do ano passado: construção, com mais 115 empresas (+2,42%), serviços de saúde, com +75 (+7,24%), educação, com +61 (+6,64%) e atividades financeiras e bancárias, com incremento de duas empresas, o correspondente a +0,54%.

Serviços

Entre os quatro grandes setores econômicos, a prestação de serviços fica em segundo lugar nas perdas absolutas. São 21.992 empresas no total, 1.233 a menos do que no ano passado, sendo a maioria de reparação de veículos (-566), alimentação (-546) e transportes (-69). Considerando as variações percentuais os serviços tiveram o melhor resultado, de -5,3%, com destaque para os três segmentos com aumento de empresas – serviços de saúde (+75), educação (+61) e atividades financeiras e bancárias (+2) – e aqueles com variações negativas menores do que a média do setor: serviços em geral (-0,62%), administração pública (-0,9%) e transportes (-4,78%).

Indústria

A indústria foi o segundo setor com o melhor desempenho em quantidade de empresas. Totalizando 8.437 negócios em 2020, 543 a menos do que em 2019, ela teve na construção um resultado positivo, com o incremento de de 115 empresas – o maior entre os 15 segmentos considerados. A indústria em geral reduziu 15% o seu total, chegando a 3.423, e a extrativa perdeu 10 empresas (-16,6%).

Agronegócio

Apesar de ser o grande setor com a menor perda total, o agronegócio é o segundo com a maior variação percentual negativa, proporcional à quantidade de empresas registrada no ano passado. São 242, 68 a menos, o que corresponde a quase -22%.

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