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Escaladores buscam parceria com as unidades de conservação

Nossa região é avaliada como uma das melhores do mundo para a prática da escalada e atraí muitos adeptos da modalidade. Cerca de 90% das vias (percurso no paredão da rocha) apresentam alto nível de dificuldade – os chamados negativos, onde o atleta fica suspenso na horizontal durante parte da escalada.

Mas, o esporte por aqui ainda caminha em busca de organização para poder se desenvolver com mais qualidade e atingir níveis maiores, tanto na formação de bons escaladores como na realização de eventos. “Estamos nos reorganizando no Grupo de Escalada Cidade de Pedra, que foi criado em 1994. Hoje a escalada também tem um papel de proteger e monitorar essas unidades de conservação, onde se encontram a vias de escalada. A área do Buraco do Padre é uma delas. Então, é necessário estar em sintonia com quem é o dono dessas lugares. A idéia é de parceria e cooperação, prestando informação, monitoramento e também socorro às pessoas que chegam para escalar”, explicou Forbeck.

Em Ponta Grossa, além do Parque de Vila Velha, que hoje está proibido para esta finalidade, está a região do Salto do São Jorge e Buraco do Padre. Nesse último existe o chamado setor Macarrão. O local é um enorme paredão rochoso, onde estão concentradas algumas das melhores vias de Ponta Grossa. As vias são o caminho vertical de uma escalada. Geralmente o grau de dificuldade de uma via é sugerido pelo seu conquistador e assim, confirmado por outros escaladores.

Edemilson Padilha mora em Curitiba, mas sempre visita Ponta Grossa para escalar. “Já escalei em muitos países e em vários lugares no Brasil. Gosto muito dessas rochas de arenito que tem na região, como Piraí do Sul, São Luiz do Purunã, Londrina e Ponta Grossa. Ultimamente estamos indo para Piraí do Sul, pois como ocorreu em Ponta Grossa, lá o potencial de novas vias também é grande”, conta Padilha.

Para cada modalidade esportiva radical o grau de sucesso depende muito da vontade e capacidade do indivíduo. E isso não foge à regra, quando se trata da escalada, já que exige muita concentração e coragem para superar os obstáculos e atingir o objetivo.

Existe a chamada escalada tradicional e a esportiva. A primeira é a essência pura do esporte, como descobrir novas vias, por exemplo. A segunda apresenta um formato que prioriza mais a agilidade e rapidez e pode ser feita em paredões artificiais. A escalada tradicional já vem desde medos dos anos 1970 em Ponta Grossa, enquanto a esportiva embalou no início da década de 1990. Escaladores como Wilson Souza, Julio Lancaster (Primata), Guilherme Forbeck, Fábio Barros (Binho), Marcelo Justus e Ronaldo Franzen Jr, o Nativo – uma das referências do esporte no Brasil – pontuaram locais como o Salto do Rio São Jorge ótimos para essa prática.

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