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Eleições em escolas geram discussão entre parlamentares

Deputados questionam projeto do Governo Estadual que propõe alteração no processo de escolha dos diretores de escolas estaduais

 

Fábio Matavelli
Proposta prevê que alunos terão direito a voto com peso igual em eleições para diretores de escolas estaduais

 

O projeto de lei em que o Governo do Estado propõe alterar o processo de escolha dos diretores das escolas da rede pública estadual tem movimentado o Legislativo. Esta semana o projeto foi discutido na Comissão de Justiça da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), que aprovou a proposta do Executivo, aceitando emendas do líder da bancada governista, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB).

O deputado estadual Péricles de Mello (PT) apresentou parecer contrário ao projeto, questionando alguns pontos da proposta, enquanto que a chamada ‘bancada independente’, liderada por Marcio Pauliki (PDT), também exige do governo estadual alguns esclarecimentos a respeito do projeto.

Romanelli, por sua vez, saiu em defesa da proposta, divulgando um vídeo e afirmando que as mudanças propostas pelo governo garante um processo ‘mais democrático e aberto à comunidade’.

Hoje, no Paraná, os atuais mandatos dos diretores terminam em 31 de dezembro e as eleições estão previstas para acontecer entre novembro e dezembro.
Entre as principais mudanças previstas no texto encaminhado pelo Governo Estadual aos deputados está a adoção do voto igualitário, ou seja, o mesmo peso para votos de educadores, servidores, pais e alunos. Atualmente, no Paraná, o voto da categoria dos professores tem mais peso que o da comunidade.

Questionamentos

Alguns deputados (da bancada independente e de oposição), no entanto, alegam ter dúvidas sobre a proposta governista. “Um dos pontos propõe que os diretores sejam reavaliados a cada dois anos pelo governo estadual. Não ficou claro quais seriam estes critérios, se seriam técnicos, o que concordo, ou algo não muito claro, que aí pode descambar para o aspecto político, com o que não concordo”, alega Pauliki. “Por um lado a proposta tem os aspecto positivo de propor a eleição universal, mas em contrapartida ele é extremamente autoritário ao propor o domínio completo sob os diretores eleitos, permitindo a intervenção e realização de novas eleições caso o diretor não se enquadre às exigências do Estado”, questiona Péricles.

O governo estadual informou que deverá realizar, no próximo dia 14, uma audiência pública, para que a proposta seja debatida entre parlamentares e professores. “A partir dessas discussões acredito que se possa chegar a um entendimento, e disso surgirem emendas ao projeto”, analisou Pauliki.

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