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Confira 10 espécies de animais extintas no Brasil

Animais extintos são aqueles que desapareceram do planeta Terra. Há também aqueles que estão regionalmente extintos, ou seja, podem ser avistados em outras partes do mundo, mas não em todas as regiões onde já foram encontrados. A razões para isso acontecer são diversas, seja por fenômenos naturais ou intervenção humana na natureza. Veja a lista de animais que já foram extintos no Brasil, conforme o Livro Vermelho do Instituto Chico Mendes de 2018.

1 – Maçarico-esquimó

O maçarico-esquimó (Numenius borealis) já foi considerada uma espécie extinta. Porém, ainda é possível notar sua presença em vários países. A ave se reproduz no Canadá e, talvez, no norte do Alasca, e migra para países como Uruguai, Argentina, e possivelmente, Paraguai e Chile. Esta espécie é considerada atualmente Regionalmente Extinta. O animal era visitante comum no interior do Brasil. Foi registrada aparições no Amazonas, Mato Grosso e São Paulo, mas o último foi há mais de 150 anos. A caça excessiva e a perda de habitat nos pampas argentinos e pradarias norte-americanas favoreceu o declínio da espécie.

2 – Rato-de-noronha

O rato-de-noronha (Noronhomys vespuccii) era endêmico da ilha de Fernando de Noronha e é considerado extinto desde o século XVI. Registros históricos indicam que a espécie deve ter existido na ilha até pelo menos 500 anos atrás. Era um rato de grande porte, pesava entre 200 gramas e 250 gramas. O animal foi extinto provavelmente por causa da introdução de ratos e camundongos na ilha, o que ocasionou competição e disseminação de doenças. Além disso, por causa do seu grande porte, provavelmente era caçado para alimentação.

3 – Caburé-de-pernambuco

O caburé-de-pernambuco (Glaucidium mooreorum) era visto no litoral pernambucano. O último registro documentado da espécie foi em 1980 e um registro sonoro em 1990. Porém, desde então a ave não foi mais avistada. A espécie ocupava floresta úmida de baixada no litoral pernambucano: Floresta Ombrófila Densa e Áreas de Tensão Ecológica 39. Acredita-se que a perda e fragmentação de habitat tenha sido a principal causa da extinção.

4 – Arara-azul-pequena

A arara-azul-pequena (Anodorhynchus glaucus) ocorria no leste do Paraguai, oeste do Uruguai, norte da Argentina e sul do Brasil. A espécie nunca foi numerosa e teria se tornado rara a partir da segunda metade do século XIX. Não há notícias de exemplares vivos desde 1912. O principal motivo para o declínio da ave foi a expansão agropecuária e a Guerra do Paraguai, além de ser um alvo de caça e captura para o comércio.

5 – Limpa-folha-do-nordeste

O limpa-folha-do-nordeste (Philydor novaesi) era uma espécie rara que tinha ocorrência em Alagoas e Pernambuco. O registro mais recente foi de 2013, porém, desde então, a ave nunca mais foi avistada. Foi muito afetada pela conversão das florestas para pastagens e/ou plantações.

6- Gritador-do-nordeste

O gritador-do-nordeste (Cichlocolaptes mazarbarnetti) também era uma ave avistada nos estados de Alagoas e Pernambuco. Ela não é vista ou registrada desde 2007. Vivia solitária ou aos pares e dependia de florestas primárias maduras. A perda de habitat foi a causa do declínio populacional da espécie, uma vez que esta era bastante sensível a alterações ambientais.

7 – Peito-vermelho-grande

O peito-vermelho-grande (Sturnella defilippii) ocorre na Argentina e no Uruguai, e ocorria no sul do Brasil, o último registro no país foi há mais de 100 anos. Habita campos nativos e pastagens, preferencialmente áreas frias. A população global está ameaçada pela substituição de campos naturais por plantações e pastagens.

8 – Perereca-verde-de-fímbria

A perereca-verde-de-fímbria (Phrynomedusa fimbriata) foi coletada em 1896 no Alto da Serra de Paranapiacaba, no município de Santo André, em São Paulo. Foi descrita somente em 1923 a partir de um único exemplar, depois disso nunca mais foi avistada e as razões da extinção não são conhecidas.

9 – Tubarão-dente-de-agulha

O tubarão-dente-de-agulha (Carcharhinus isodon) é uma espécie costeira de médio porte que se distribui pelo Atlântico Ocidental, originalmente dos Estados Unidos ao sul do Brasil. No país, foi visto há mais de 40 anos e provavelmente está ausente em todo o Atlântico Sul ocidental. A pesca de arrasto nessa região foi o principal motivo do declínio populacional.

10 – Tubarão-lagarto

O tubarão-lagarto (Schroederichthys bivius) é um pequeno tubarão costeiro distribuído em águas dos oceanos Pacífico Oriental e Atlântico Ocidental, entre o Chile e o Brasil. Seu registro mais recente no Brasil data de 1988, no Rio Grande do Sul. A espécie é ovípara, com baixa fecundidade, e provavelmente deposita um ovo de cada vez. Embora não tenha interesse comercial, a pesca de arrasto no sul do Brasil pode ser considerada uma das principais ameaças à espécie.

Naiâne Jagnow é estudante do último ano de Jornalismo da Unisecal e estagiária regulamentada do Diário dos Campos. Este conteúdo foi produzido sob a supervisão do editor-chefe Walter Téle Menechino.

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