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Nova lei direciona recursos para Centro de Animais em Risco

A veterinária Anna Júlia acompanha Guarda desde que foi trazida ao CRAR (Foto: Fábio Matavelli)

O Centro de Referência para Animais em Risco (CRAR) de Ponta Grossa terá, a partir de agora, os recursos de multas imediatamente direcionados para a manutenção de suas atividades. Embora o espaço tenha passado por reestruturação e venha praticando um trabalho de atendimento a animais em situação de abandono, maus tratos ou falta de cuidado, as multas aplicadas sobre esses delitos ainda não eram revertidos ao órgão.

A Lei 13.981, derivada de projeto de lei de autoria do vereador Daniel Milla Fraccaro, foi sancionada no final de junho e publicada em Diário Oficial do Município nessa segunda-feira (5). O texto altera a Lei 9.019 de 2007, que só previa o repasse da arrecadação com ocorrência de maus tratos e animais em condições inadequadas para ONGs que atuam no segmento.

Até agora, 25% do valor ia para essas instituições. O novo texto mantém o percentual destinado às ONGs, mas estipula que outros 50% serão destinados ao CRAR.

O local atende animais feridos e sem tutor, encontrados em situação de risco, em via pública (animais soltos, sem ferimentos, não costumam ser recolhidos). Também aqueles que são vítimas de maus tratos. O trabalho é intenso; atualmente há 42 animais – entre cães e gatos – em observação no CRAR, sem contar os animais de grande porte que são atendidos, mas pararam de ser recolhidos neste ano, conforme detalhado pelo Diário dos Campos em reportagem na semana passada.

O cuidado

Anna Júlia Zilli Lech é médica veterinária residente no CRAR, um dos 14 profissionais que atuam no Centro. Todos os dias dão entrada animais vítimas de maus tratos ou situação de risco. “Situações de urgência e emergência, feridos e que não tenham tutor, são trazidos até nós para receber tratamento. Permanecem até a recuperação, e depois voltam às ruas. Se for caso de maus tratos, permanecem até terem adoção”, informa.

Guarda

A cadela Guarda, por exemplo, está no CRAR desde 8 de abril. Seu nome foi escolhido pelos profissionais em referência ao contexto de sua chegada. “A Guarda Municipal deu atendimento em uma ocorrência na qual seu tutor foi preso. Os agentes a encontraram desnutrida e separada de seus filhotes. Agora já está plenamente recuperada, castrada, vermifugada e microchipada”, detalha Anna Júlia. Todos os animais atendidos recebem um microchip, que é pequeno equipamento eletrônico que contém a identificação do animal.

Como adotar

Quem tiver interesse em adotar um animal deve, primeiro, entrar em contato com o CRAR pelo telefone 3220-1000 (R-4072) ou pelo Instagram @crar.pg, que costuma publicar fotos dos animais disponíveis para adoção responsável.

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