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Com Gleisi no governo, PG espera alavancar projetos

ALIADA Gleisi Hoffmann, nova ministra-chefe da Casa Civil, promete trabalhar pelo Paraná no governo

 

Na última semana, o Paraná foi tomado de surpresa pelo anúncio de que estava ganhando mais um representante no primeiro escalão do governo federal. Não apenas mais um representante, mas um dos cargos mais importantes da administração: a chefia da Casa Civil, que desde a última quarta-feira está nas mãos da senadora Gleisi Hoffmann. A mudança foi motivo de comemoração também entre os ponta-grossenses, que passam a enxergar na petista uma defensora dos projetos locais junto à União.

Assim como em grande parte dos municípios do Paraná, Gleisi foi a senadora mais votada em Ponta Grossa no ano passado, com 91,1 mil votos, quase 30% do total. Sua capacidade de articulação política faz com que mantenha bom relacionamento até mesmo com lideranças de partidos adversários, como o prefeito Pedro Wosgrau Filho (PSDB) e o deputado federal Sandro Alex (PPS). Agora como uma espécie de braço direito da presidente Dilma Rousseff (PT), Gleisi renova as esperanças de uma cidade que há muito tempo vinha esbarrando nas dificuldades de trânsito em Brasília.

Wosgrau é um dos que não escondem o otimismo com a nova aliada. “A Gleisi, juntamente com o ministro Paulo Bernardo [marido da senadora] sempre foram grandes parceiros de Ponta Grossa. Com certeza a cidade ganha ainda mais tendo ela em um cargo tão importante no governo”, destaca. O Município conta com vários projetos em trâmite no governo federal, como recursos de R$ 37 milhões para diversas áreas dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg), Márcio Pauliki, também destacou a presença de Gleisi no governo federal. No final do ano passado, ela foi recebida na entidade, onde recebeu um conjunto de reivindicações do empresariado local. “Ponta Grossa ganha muito, pois tem uma relação de trabalho com nossa principal representante na esfera federal”, observa. Nos próximos dias, ele deverá ter uma reunião com a nova ministra em Brasília.

Os deputados federais também esperam contar com o auxílio de Gleisi no encaminhamento dos pleitos de Ponta Grossa e dos Campos Gerais. Sandro Alex (PPS) prestigiou sua despedida no Senado e ouviu dela a garantia de que os compromissos com o Paraná serão mantidos. Para André Vargas (PT), as oportunidades para o Estado emplacar seus grandes projetos de infraestrutura e desenvolvimento aumentaram muito a partir da nomeação. “É um ministério que tem de se articular com todos os demais, com as forças da sociedade e organizar os projetos que possam ter resultado. Tudo que diz respeito ao Paraná passará por ela”, avalia.

 

Demandas de PG no governo federal

 

Obras do PAC – Ponta Grossa já tem aprovada através do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) um total de R$ 37,2 milhões, destinado a obras nos mais diversos segmentos: pavimentação, habitação, saúde, educação e lazer. Não há prazo para liberação dos recursos.

 

Parque Ecotecnológico – A Prefeitura busca a liberação de R$ 12 milhões do Ministério das Cidades para estruturação do parque. No ano passado, o governo perdeu uma emenda de R$ 4 milhões com essa finalidade, destinada pelo ex-deputado federal Affonso Camargo.

 

Melhoria de acessos viários – Desde 2008 o Município pleiteia recursos para melhoria dos principais acessos viários da cidade, na BR-376. Somente o da indústria Masisa foi viabilizado. Os mais adiantados são para o Contorno Leste e o Núcleo Santa Terezinha.

 

Projetos para trabalhador – Três projetos já foram aprovados pelo Ministério do Trabalho, visando à implantação do Centro de Atendimento ao Trabalhador, Central de Tecnologia e Informação para Juventude e Central de Segurança Alimentar.

 

Anel viário – Ainda durante a campanha do ano passado, Gleisi Hoffmann se comprometeu a trabalhar junto ao governo federal pela criação de um anel viário em Ponta Grossa, que ajudaria a desafogar o trânsito na área urbana.

 

Superintendência da Caixa Econômica Federal – Gleisi discutiu no início do ano a proposta de instalação de uma superintendência da Caixa em Ponta Grossa, que atenderia 43 municípios em toda a região.

 

Lago de Olarias – O vereador George Luiz de Oliveira (PMN) diz ter obtido da senadora o compromisso de buscar recursos para conclusão da obra, iniciada em 2003, mas que não teve continuidade e permanece abandonada até hoje.

 

 

Cargo é o mais importante no governo

 

A pergunta que muitos ainda fazem neste momento é: qual o real poder de Gleisi Hoffmann na Casa Civil e de que maneira ela poderá contribuir para o desenvolvimento do Paraná e dos seus municípios? No que depender do discurso da nova ministra, sua atuação será de fundamental importância. “A presidenta Dilma quer o funcionamento da Casa Civil voltado à área de gestão e ao acompanhamento de projetos e processos”, afirmou Gleisi ao assumir o novo cargo, prometendo atuar de forma técnica.

Na teoria, o cargo de Gleisi é considerado o mais importante do governo. Suas atribuições básicas envolvem o assessoramento direto da presidente na coordenação de ações de governo, inclusive de outros ministérios. Ela também será responsável pela avaliação das propostas que a chefe do Executivo encaminhará ao Poder Legislativo, além de cuidar da publicação de atos oficiais do governo.

De acordo com o site oficial da Casa Civil, são dez as atribuições da Casa Civil. Entre elas estão “assistência e assessoramento direto e imediato ao Presidente da República no desempenho de suas atribuições, em especial nos assuntos relacionados com a coordenação e na integração das ações do Governo”; e “avaliação e monitoramento da ação governamental e dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, em especial das metas e programas prioritários definidos pelo Presidente da República”. (A.G.)

 

Novo senador é desconhecido aos ponta-grossenses

 

 

Ao mesmo tempo em que o Paraná ganha um novo e importante representante no governo federal, surge uma ponta de apreensão quanto ao espaço que o Estado ocupará no Senado. Com a saída de Gleisi Hoffmann, quem assume a vaga de senador é o suplente Sérgio Souza (PMDB), desconhecido do eleitor ponta-grossense e que nunca ocupou um cargo público. A promessa do novo senador é de dar continuidade a todos os projetos que vinham sendo trabalhados por sua antecessora.

Sérgio de Souza é advogado e ex-assessor do ex-governador Orlando Pessuti. A indicação de Souza como primeiro suplente de Gleisi Hoffmann ao Senado foi uma exigência de Pessuti, durante as negociações que resultaram no apoio do PMDB à candidatura de Osmar Dias (PDT) ao governo do Estado.  Natural de Ivaiporã (noroeste do Estado), ele é proprietário de uma empresa que presta consultoria e assessoria a agentes políticos e gestores públicos.

Nos últimos meses, Souza vinha acompanhando Pessuti durante encontros regionais do PMDB. Há uma semana, os dois estiveram em Ponta Grossa, reunidos com peemedebistas locais. Quem dá o aval para o novo senador é o presidente municipal do PMDB, Nilton Gomes, o Professor Goiaba. “Na ocasião, Souza comentava do apoio e dos trabalhos que irá desenvolver em nossa cidade. Ele deixou bem claro o desejo de desenvolver projetos de gestão política voltados para a cidade de Ponta Grossa”, relata o dirigente, apontando o compromisso do novo senador com a cidade. Sua posse acontece na terça-feira, às 16 horas. (A.G.)

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