Reforma da Previdência, abuso de autoridade e medidas de combate à corrupção devem movimentar Brasília já no início do ano
Se 2016 foi um ano turbulento em Brasília, 2017 não deve representar calmaria para os lados do Congresso. Uma série de assuntos já devem ser incluídos logo nos primeiros dias de atividade parlamentar e a tendência é de dias agitados já no começo do ano. Temas como Reforma da Previdência, a volta dos projetos de abuso de autoridade e das dez medidas de combate à corrupção são alguns itens já agendados.
Pela previsão, o recesso parlamentar prevê que Senado e Câmara dos Deputados retornem somente em fevereiro, no entanto, convocações extraordinárias em janeiro não são completamente descartadas.
Os senadores Alvaro Dias (PV) Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB), além dos deputados federais ponta-grossenses Aliel Machado (Rede) e Sandro Alex (PSD) analisam o cenário de discussões polêmicas que devem ser engatadas já na retomada dos trabalhos.
A operação Lava Jato deverá seguir com os trabalhos e que elevarão ainda mais a temperatura política, dificultando a tramitação de projetos. Deveremos ter um cenário de um ambiente de nervosismo apreciando diferentes assuntos, analisa Alvaro Dias.
A Reforma da Previdência é citada como exemplo de que precisa de um ‘amadurecimento’ na discussão dentro do ambiente legislativo federal. Há uma série de pautas-bombas para o Congresso neste começo de ano, com temas que exigem um tempo maior de debate, como é a Reforma da Previdência. Depende de tempo, não se pode decidir sem ouvir e debater com a sociedade, diz Aliel Machado. Há a possibilidade de haver uma convocação extraordinária, o que não acredito que ocorra. E no caso da Reforma da Previdência, ela tem que ser debatida. É um tema muito complexo para se resolver assim, em questão de dias, semanas. Não tem como, disse Sandro Alex.
No caso da reforma da Previdência, temos que discutir muito. Inclusive, essa discussão, nem deveria tê-la neste momento, a Previdência não é o pior impacto da economia, há outros problemas a serem discutidos. O governo tem pressa em aprovar esta reforma, quer que ela seja discutida em menos de seis meses pela Câmara e pelo Senado, diz Gleisi Hoffmann. É melhor nos conscientizar agora. As pessoas têm que conhecer a verdade. A verdade é que não há razão alguma para esta reforma radical que eles estão fazendo. O que realmente pode consertar a Previdência, exceto alguns casos absurdos de privilégios que realmente existem (mas que Temer não mexe), é o desenvolvimento econômico, comentou Roberto Requião.