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Relações Interpessoais (continuação)     

         

Lílian Yara de Oliveira Gomes – CRP 08/17889

Continuando a abordagem acerca das relações interpessoais, o relacionamento pais e filhos, o papel dos pais e suas responsabilidades, me refiro hoje às saídas dos filhos por determinado tempo de suas casas sem a devida comunicação aos seus pais e/ou cuidadores.

Sabemos que a adolescência é uma fase de transição e que muitas vezes de não aceitação de regras e limites o que ocasiona conflitos e preocupação por parte dos pais. E, com relação a esse comportamento, muitas questões terão que ser avaliadas: como estão as relações estabelecidas desde a infância, fase de formação de valores, de personalidade, de diálogo entre pais e filhos? Que lugar esses pais e/ou esses filhos ocupam na vida familiar? Como estão os laços de afeto e consideração? E o diálogo…é só virtual? Será que os filhos estabelecem medo de seus pais, que tem como papel principal, dar segurança, educação, afeto, amor e proteção?

Tem sido recorrente esse tipo de comportamento, para desespero dos pais. Desaparecem por alguns dias e voltam dizendo que “estavam em casa de amigos”. E, isso faz parte, mas os pais têm que saber que amigos são esses, onde moram e por quanto tempo seus filhos estarão lá. O diálogo é a principal ferramenta de aproximação para que saibamos onde e com quem nossos filhos estão se relacionando, para que não corram o perigo de serem instigados a comportamentos delituosos e também que coloquem em risco sua própria integridade.

Talvez sendo um pouco recorrente, enfatizo a necessidade de através do diálogo, estabeleçam-se limites claros, firmando com os filhos uma relação de confiança, companheirismo, onde o afeto e a segurança seja estabelecida.

Abrir canais de comunicação seguro com os filhos, seja por meio do lazer, participando dos interesses dos filhos, do acompanhamento da vida escolar e avaliando cada situação e o papel que desempenhamos: “para uns uma questão de autoridade, para outros uma questão de amizade”, diz a psicóloga Natália Cunha, In www.ufjf.br. Também coloca que, “existe entraves na comunicação que se traduz tanto na dificuldade dos pais em afirmar autoridade em certas ocasiões, quanto dos filhos em manifestar aquilo que sentem falta e esperam receber”. E, “o resultado é um processo de cobranças e acusações que esconde o verdadeiro desejo de ambos: sentir-se amado pelo outro”.

Outro aspecto que considero importante e que ocorre frequentemente, é a substituição do diálogo, da presença, pela compensação material ou permissividade: “se você fizer sua tarefa, vai ganhar um brinquedo, a roupa, o tênis e/ou daí você vai jogar videogame… Tarefas, estudos, fazem parte do cotidiano, não devem ser barganhados.

Sabemos que cada etapa tem seus desafios, dificuldades e conquistas. Nem sempre se fazem de forma fácil e satisfatória. O importante que juntos, pais e filhos façam o enfrentamento com respeito, afeto e principalmente com uma comunicação clara, dialogada e com muito amor.

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