Lílian Yara de Oliveira Gomes-CRP 08/17889
Essa tríade determina a nossa existência. E são a base para a Terapia Cognitiva Comportamental, em que se avalia a forma como se pensa o mundo e quais as evidências e crenças que possuimos.
“Na complexa teia da mente humana, há uma interconexão fundamental entre pensamento, sentimento e comportamento. Esses três elementos formam o que é conhecido como a tríade dofuncionamento psicológico, e compreender sua dinâmica é essencial para o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal”.
Muitas vezes os nossos pensamentos, não são muito “nossos amigos”, porque às vezes não queremos pensar “certas coisas” e eis que automaticamente, o pensamento vem! E esses podem provocar distorções, equívocos, negacionismo…
Importante identificá-los! Por exemplo: estamos fazendo exercício físico e de repente, o coração acelera… será que vou morrer? E a ansiedade se instala. Quais as evidências que isso possa acontecer?
“Numa depressão, geralmente a pessoa tem a ideia de continuar o exercício, mas tem pensamentos disfuncionais (como por exemplo: “para quê, nada vale a pena, não há solução, prefiro ficar fechado no quarto às escuras”), e evitam qualquer comportamento benéfico do exercício”. É claro que precisamos ter o controle da nossa condição física, porém não podemos nos deixar levar pelas distorções cognitivas.
“Muitas vezes os pensamentos distorcidos que nos referimos, no caso da ansiedade e da depressão, estão escondidos no nosso quotidiano. E ficam “mascarados” o que pode levar ao agravamento do estado psíquico do indivíduo, prejudicando a sua identificação e a busca de ajuda e de tratamento. Para isso, é importante estarmos atentos às manifestações diferenciadas de sentimentos que são refletidos nos nossos comportamentos e quando nos damos conta já está num estágio avançado de sofrimento.
Ainda encontramos preconceitos acerca do tratamento psicológico. Tudo o que se refere do “pescoço para cima” é do campo da loucura, do anormal. Por que não nos surpreendemos quando sabemos que alguém tem úlcera, gastrite, alergia? E sabemos que essas enfermidades são do campo da psicossomatização? Que tudo é um TODO.
“Com a Psicoterapia Cognitivo-Comportamental o paciente aprende a:
- Identificar e modificar a sua forma distorcida de pensar;
- Identificar e modificar as emoções que esses pensamentos provocam;
- Identificar e modificar os comportamentos que são tomados como consequência desses pensamentos e emoções;
- Utilizar formas alternativas, mais funcionais, de pensar e se comportar diante das situações;
- Reestruturar crenças nucleares;
- Solucionar problemas;
- Construir estratégias de enfrentamento;
- Prevenir possíveis recaídas”. In Diogo Telles Correia // Janeiro 29, 2019