Sabemos que nos constituímos como ser, na relação com o outro e/com os outros, pois somos seres de relação e para as relações. Esse processo acontece desde a nossa concepção, quando já no ventre materno estabelecemos o contato com quem está nos gerando. Esse é o nosso primeiro contexto. Depois vem as experiências da infância e suas determinações, a vida na juventude, na vida adulta. Caminho esse permeado pela natureza, pela experiência, pela troca, pelos princípios e pelos valores.
Atualmente, o ser humano é avaliado pela “abordagem multidisciplinar, que compreende as dimensões biopsicossocial e espiritual de um indivíduo”.
E, essa é uma visão ampliada, que considera a causa ou o progresso das enfermidades não só em seu aspecto biológico, mas também os relacionais, os psicológicos e os fatores sociais e espirituais.
“Como elemento estruturante da experiência humana, a espiritualidade está ligada à manutenção e fortalecimento da saúde física, mental e social”, o que poderá contribuir para a diminuição do estresse, da ansiedade e da depressão.
De acordo com Puchalskil, in Arthur Fernandes, (2020), a espiritualidade pode ser definida, como uma dimensão da humanidade. E se expressa por crenças, valores, princípios, representando a busca das pessoas por conexões e transcendência.
Ao longo da vida, vamos nos constituindo como “Ser”, a partir da luta pela sobrevivência, pelas ameaças vividas à nossa integridade, ou mesmo por desafios a enfrentar ou até por situações extremas como uma doença, a perda de entes queridos, a perda de um emprego, a falta de equilíbrio emocional para o enfrentamento dos desafios diários.
Importante se faz, desenvolvermos a capacidade de “resiliência” frente aos desafios impostos em nosso cotidiano, de forma a contribuir para a nossa constituição de “SER” mais humano e mais feliz!