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Dar o melhor de si

“A sensação de “dei o melhor de mim” é uma das mais vitalizantes da experiência humana”, nos diz Mário Sérgio Cortella. E como temos tido provas disso, com a tragédia que acometeu o RS. São muitas pessoas que estão anonimamente se doando e dando o melhor de si, para outras que nem sequer conhecem. Isso é solidariedade, empatia, humanização.

E como estamos carentes desse olhar! Não precisamos esperar por grandes tragédias. O nosso comportamento reflete a nossa visão de mundo.

Também não é ser assistencialista, é promover o outro, é colaborar para que possam ter acesso mínimo aos bens e serviços, ter educação e trabalho. Aí, vão pensar: isso não existe, é uma utopia.

Para que haja desenvolvimento humano, é necessário um equilíbrio progressivo no progresso material, no âmbito da inteligência, da vida afetiva e nas relações sociais.

Dessa forma, muitas situações trágicas, como a que temos visto ao redor do mundo, poderiam ter um menor impacto.

Importante refletir acerca da nossa própria atitude perante ao planeta. Como é o nosso comportamento? Qual o nosso conceito de desenvolvimento humano? E as nossas escolhas?

“A sociedade tem que perceber que estamos indo para um cenário de aumento médio da temperatura” e com ela muitas outras tragédias poderão vir.

“Boa parte da tragédia do RS poderia ter sido evitada, nos explica o professor Paulo Artaxo, (UNISINOS) pois desde a Conferência de Estocolmo, em 1972, a ciência já alertava que isso poderia acontecer. Mostra disso são as ondas de calor no Sul, tendo como consequência maior precipitação e as secas imensas na Região Amazônica, fundamenta o físico.

Portanto, dessa forma, dar o melhor de nós poderá representar cobrança de planos de desenvolvimento sustentável, de ações públicas responsáveis para que os “que dão o melhor de si” não ajam só nas emergências, sendo sobrecarregados, apesar da compensação emocional e concreta, pela ajuda dada, pelo salvamento de desabrigados, pelo medicamento aplicado,  pelo ato de solidariedade e sim, concretamente ouvir a ciência, os alertas climáticos e principalmente respeitar a natureza e tudo que nela existe.

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