em

Persistência e originalidade consagram a carreira de empreendedor

Não é novidade que o Brasil é um país formador de talentos na música, muito antes dos antigos festivais da canção. Mesmo com um enorme potencial para formar talentos, assim como fizemos no futebol, o país ainda oferece pouco espaço e oportunidades para que profissionais façam da música um bom meio de ganhar a vida. Conversamos com um representante da autêntica música paranaense, Reinaldo Godinho,  que é também compositor, arranjador e produtor, com quase  cinco décadas de estrada.

Como foi o início da sua carreira?

Meu pai Benedito Godinho tocava violão em minha infância e eu gostava de cantar acompanhado por ele. Peguei gosto e, assim, me tornei músico. Sou natural de Siqueira Campos, cidade do Norte do Paraná, onde vivi até meus nove anos. Mudei para Curitiba no início dos anos 60 e, aos 15, comecei minha carreira. Vivenciei a cena musical curitibana desta época e fui também influenciado por artistas que faziam sucesso naquele momento. Minha carteira profissional de músico da OMB é de 1967, somando 49 anos de estrada.

Como surgiu a inspiração para produzir seu último disco?

Esse oitavo disco autoral começou de um poema publicado no meu livro “Um tempo para si”. O nome original do poema é “Na Bica do Sol da Manhã” e a inspiração veio do mato que tem nos fundos da minha casa, um lugar maravilhoso. O poema foi musicado por Cauê Menandro e virou então essa bela canção “Na Bica da Manhã”. Mas o trabalho, de uma forma geral, tem a influência do músico, do que é a sua vida, feita de muitos ritmos; então você vai ouvir no CD músicas com influências do samba, bolero, choro, bossa nova, blues…

Se pudesse descrever o seu trabalho, como descreveria?

A essência, em termos de criação e composição, é a mesma desde o primeiro disco. Sempre primei por bons músicos locais, pela qualidade do acabamento musical e pela autêntica música brasileira. Tenho influências de Tom Jobim, Djavan, Caetano, Belarmino e Gabriela, da música sulamericana e tantas outras. Outra questão é que o segmento da nossa produção local é pouco divulgado. Esse pensamento veio crescendo e então compus canções como “Os Afandangados”, “Berço do Paraná”, Anthony e Maria que falam da nossa gente, da nossa cultura.

Qual a programação de shows?

Realizei um show de lançamento do mais recente trabalho, o 8º disco autoral, Na Bica da Manhã, no Teatro Positivo, no dia 15 de abril, e vou  me apresentar no Teatro Paiol, dias 26, 27 e 28 de abril.

Frase:

Viver é desenhar sem borracha(Millôr Fernandes)

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.