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Páscoa em tempo de Pandemia

 

 

Lílian Yara de Oliveira Gomes – CRP  08/17889

Páscoa em tempos de Pandemia

 

Com certeza, ao iniciar 2020, com ele já imediatamente olhamos o calendário, às vezes até, para saber quantos feriados esse ano, ia nos proporcionar. E assim, automaticamente, planejarmos o que fazer neles. Porém, eis que uma Pandemia se instala. E agora? Quantos planos frustrados, replanejados, refeitos.

E, com isso quanto o nosso ser teve que se adaptar, não alimentando as frustrações, as tristezas, a solidão, a obrigatoriedade do isolamento social, que tal situação nos impôs.

Como gostaríamos de poder abraçar, beijar, estar próximo de quem amamos e festejar essa Páscoa. Porém, vamos festejar a vida, os desafios que ela nos proporciona, pois poderemos tirar dessa situação lições e avaliações importantes para o amanhã.

Avaliar que “solitude”, não é estado de total privação, de isolamento total, de reclusão total. Hoje temos muitos meios de diminuir as distâncias e sentir que estamos separados, porém mais perto do que nunca, no amor, nas lembranças, no afeto. E, perceber o quanto somos vulneráveis, nos faz sentir que é importante sair do automático e viver o aqui e o agora. Nos distanciamos do mundo da selvageria, da agressividade física, porém ainda somos tão pequenos e vulneráveis a uma realidade que caminha ao nosso lado, com autonomia, com liberdade, ditando o nosso hoje.

Importante ressaltar, que “economistas, planejadores, governantes, nunca levaram em conta os custos ecológicos, a degradação do solo, a saturação ambiental, o descontrole demográfico” e que esses fatores poderiam estressar o planeta…

E, esse estresse é o que estamos vivenciando! Será que todo o mundo foi pego de surpresa? Onde estávamos? Todos distraídos, ocupados em garantir a nossa sobrevivência material, que deixamos de sentir e viver realmente?

Li recentemente, num texto de Flávio Viegas Amoreira, “ Estávamos todos distraídos?”, que Confúcio,  colocou: “Temos duas vidas. A segunda começa, quando nos demos conta que só temos uma”.

Pensemos nisso, e ao invés de sentir solidão, que pode nos fazer ansiosos, pratiquemos a solitude, voltando-nos mais para dentro de nós e estabeleçamos um contato mais pleno conosco mesmos e com os outros, percebendo nossas qualidades, nossas inquietações, nosso grau de afetividade, de companheirismo, de caridade e de amor. E, dessa forma estaremos vivendo a verdadeira Páscoa, olhando e sentindo mais o outro e renascendo a cada dia!

 

 

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