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Mercado já começa a reagir

Especialistas já falam em uma sensível melhora no mercado imobiliário. A análise se dá por conta da soma de vários fatores, como a renegociação das prestações atrasadas da casa própria atrelada ao aumento da confiança do consumidor. Um indicador é o calote, medido por dívidas em atraso há mais de 90 dias no financiamento imobiliário, que recuou para 1,7% em junho, após se manter em 2,1% de janeiro a maio, de acordo com o Banco Central.

Já o índice de atraso entre 15 e 90 dias retrocedeu do pico de 9,25% em outubro do ano passado para 8,76%. Outro dado positivo é o levantamento da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) que constatou aumento de 23% no total de vendas de imóveis no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Realizada no Município do Rio de Janeiro, a pesquisa mostra que entre janeiro e março de 2016 foram vendidas 2.226 unidades ante 1.802 dos primeiros três meses de 2015. O segmento residencial foi o que apresentou maior crescimento: 33%.

O presidente da Ademi, João Paulo Rio Tinto de Matos, afirma que a recuperação já era esperada. Segundo ele, o consumidor, mais cauteloso em razão da crise econômica, soube aproveitar a variação do mercado. “Os feirões de imóveis trouxeram oportunidades especiais, atraindo assim um grande número de compradores”, diz.

Com estoques, as construtoras souberam negociar e manter o mercado ativo. “O consumidor também aprendeu a pesquisar imóveis de forma mais racional, buscar a unidade que realmente atenda às suas expectativas e necessidades”, explica Matos, mas afirma que a situação ainda está longe do ideal.

Para o sócio da MR Consultoria, empresa especializada em regularização de imóveis, Bernardo Queiroz, a elevação do teto do valor de imóveis financiados pela Caixa Econômica para R$ 3 milhões, no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) também vai estimular o crédito habitacional, servindo como medida que aquecerá o setor.

“Isso significa financiamento para uma nova camada da população. É uma boa tentativa de reaquecer o mercado, mas ainda vamos esbarrar nas taxas de juros elevadas”, avalia Queiroz.

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