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Henrique Thiellen

Uma rua do jardim Carvalho preserva o nome de um imigrante alemão que se tornou o homem mais rico de Ponta Grossa: Henrique Thiellen.

Antes de se fixar aqui, Thiellen morou em Rio Negro e na Lapa, onde participou da defesa da cidade durante a Revolução Federalista. Com o final dos combates e a vitória dos rebeldes maragatos, refugiou-se em Morretes. La era representante de uma marca de cerveja. Chegando a Ponta Grossa em 1896, abriu uma filial da Cervejaria Kruetz. Logo depois tornou-se seu proprietário. A fábrica passou a se chamar Cervejaria Henrique Thiellen. Nela trabalhavam Henrique, sua esposa e um cunhado. A pequena empresa ficava nos fundos de sua casa, na Rua do Chafariz, hoje Vicente Machado. Em 1911, Thiellen construiu novo prédio e aumentou a produção. A fábrica se expandiu , ocupando quase toda a quadra que faz esquina com a Rua Santos Dumont. Em 1922 mudou o nome para Cervejaria Adriática. Sua produção de gelo, cervejas e gasosas era entregue em carroções puxados por vigorosos cavalos normandos impecavelmente limpos e escovados. Citado como modelo de administração e produção, a Cervejaria Adriática foi por décadas a maior fábrica de Ponta Grossa, vendendo seus produtos em toda a Região Sul e no estado de São Paulo. Mais tarde eles chegaram ao Norte e Nordeste do Brasil. Henrique Thiellen tornou-se o homem mais rico de Ponta Grossa. Como a maioria dos membros da elite, acrescentou ao seu nome alemão a patente brasileira de Coronel. Foi vereador por vários mandatos, sendo o primeiro imigrante a ter lugar de destaque na política local, até então dominada exclusivamente por representantes das famílias tradicionais que colonizaram a região.

O Cel. Thiellen era casado com a brasileira Alvin Elmer. Eles tinham 5 filhos. Um deles, Alberto, foi à Alemanha aprender novas técnicas de produção de cerveja. Voltou a Ponta Grossa e tornou-se sócio de seu pai. Construiu uma mansão onde hoje é a esquina das ruas Julia Wanderley e Cel. Dulcídio e deu a ela o nome de sua esposa. É a Vila Hilda, preservada pelo Patrimônio Público, que abriga hoje as Fundações Municipais de Turismo e Cultura. Em 1954 a Cervejaria Adriática foi comprada pela Cia. Antarctica Paulista e desativada em 1996.     


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