Não aumente o fogo
É relativamente comum no meio corporativo uma pessoa divergir de outra pessoa sem saber qual dos dois está certo. O respeito continua, a consideração sobre a amizade alheia também, mas as pessoas não conseguem entrar num consenso sobre o que é certo e o que é errado. Nessas horas o melhor a fazer é preservar a amizade, o relacionamento, e procurar entender porque o outro pensa de uma maneira diferente. Se você observar, na maioria dos casos não é isso que acontece. As pessoas, instintivamente, involuntariamente, buscam de todas as maneiras aquecer as discussões, buscar argumentos, elevar a voz, dedicar-se acaloradamente a um debate que muitas vezes os dois lados sabem que não haverá conclusão.
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Quem deve ceder?
Isso acontece também nas relações entre clientes e empresas, entre clientes e fornecedores. A diferença fundamental é que quando esse dilema acontece entre um fornecedor e o cliente, prepondera a lei do interesse maior, que é do fornecedor de vender e não obrigatoriamente de estar certo. E vem outra questão porque fica evidente e claro que quando um cliente tem um dilema com um fornecedor, o fornecedor deve ceder, mas quando há pessoas da mesma equipe, num mesmo nível hierárquico dentro da empresa, isso não fica tão evidente assim. Ao contrário, parece que ninguém quer ceder.
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Hora certa de parar
Por isso, a sabedoria e a maturidade profissional leva as pessoas a saber escolher as boas lutas como se diz na filosofia, as lutas dignas de desperdício de energia, enquanto que as demais ficam muito mais fáceis de resolver quando a gente passa a não discutir, e sim progredir na vida. De forma simples e prática, um bom profissional é aquele que sabe quando a discussão deve ser iniciada, mas somente os excelentes profissionais sabem quando uma discussão não deve ser levada adiante. Para a coluna Visão Empresarial
Luciano Salamacha