Depois da tempestade…
A sensibilidade das pessoas quanto ao comportamento antiético ou mesmo sem qualquer tipo de moral das pessoas que trabalham ao seu lado tem aumentado muito nos últimos anos e há um motivo para isso. Temos presenciado, pelos veículos de comunicação, uma série de denúncias, uma série de fatos que estão sendo revelados, e que colocam em cheque até mesmo se vale a pena continuar morando no Brasil. Nesta hora é importante que todo profissional entenda algumas coisas relevantes: primeiro, se os fatos estão sendo revelados, não interessa por mérito de quem, o fato é que estamos perto de fazer uma devassa em tudo que existia de ruim. Fatalmente, depois da tempestade virá a bonança. Depois dos problemas se constrói um novo ambiente, um novo caminho.
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Reflexão
Foi assim com a Lei de Responsabilidade Fiscal e poucos lembram, mas antigamente no Brasil havia uma liberdade excessiva por parte dos gestores públicos, dos prefeitos, dos governadores, do presidente, das pessoas que exerciam um cargo de gestão na hierarquia federal, estadual e municipal, uma espécie de salvo conduto para fazer o que bem entendessem. Hoje esses mesmos gestores tomam muito cuidado porque a Lei de Responsabilidade Fiscal exige o cumprimento de certos percentuais máximo de gastos em cada tipo de despesas. Isso só aconteceu no Brasil porque num determinado momento escândalos vieram à tona. Não interessa o partido onde eles foram originados, mas esses escândalos fizeram a sociedade refletir, e fizeram também com que novos comportamentos fossem determinados para o futuro.
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Não vai se repetir
Nesta hora é importante dizer que tanto faz se a corrupção foi se 6, 5, 10 bilhões de reais, pois por mais esforço que se faça, parte desse dinheiro jamais irá voltar à sociedade. Contudo, uma coisa é certa. A partir do desvendamento de todas essas situações será muito mais difícil, para não dizer quase impossível, que isso se repita da mesma maneira no futuro. É evidente que outras formas de corrupção, de desvio de recursos públicos surgirão, porque assim como evolui a parte do bem, também a parte do mal faz o seu processo evolutivo. Resumindo, em vez de querer fugir de onde os problemas estão sendo levantados e estão gerando matéria prima para um novo cenário, é melhor ficar aqui, lutar por aquilo que você acredita e todos juntos construirmos um Brasil melhor. Para a coluna Visão Empresarial
Luciano Salamacha