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Os princípios cobram seus custos

Foto: Redes Sociais /Gilmar Denck

Quando René Descartes olhando as estrelas descobriu o eixo cartesiano, ele conseguiu demonstrar duas coisas: que Deus escreve certo por linhas tortas (linha de tendência no eixo, dá uma olhada no Google, vai entender); que tudo acontece na linha do tempo, ou seja, o tempo é o pai da verdade.

Com base neste conhecimento importante entendemos que para tudo tem que haver um propósito. Será este propósito que vai determinar a linha de tendência e a verdade na linha do tempo. Para seguir um propósito firme são necessários princípios básicos, os quais devem orientar todas as pessoas que estiverem direta ou indiretamente envolvidas com o propósito.

Vejamos o caso de uma associação. Para que seu propósito (objetivo de existência) seja cumprido, além de realizar as ações estratégicas, é condição sine qua non observar os princípios da liberdade, da democracia e da solidariedade. Ou seja, todos participantes têm de ser totalmente livres para participar ou não, devem opinar e votar sobre os rumos da entidade e devem agir em benefício de todos e nunca em benefício próprio.

Mas como tudo nesta vida tem um custo, os princípios também cobram seu preço. Assim, o preço da liberdade é a eterna vigilância, pois se você não cuida vão te usar ou te escravizar. O preço da democracia é a eterna participação, pois quem não participa não é ouvido. E o preço da solidariedade será sempre o progresso da comunidade.

Estes devem ser os balizadores de todas as entidades sem fins lucrativos, e toda a sua comunicação deve balizar neles para que possam mostrar cases que encantam e trazem para dentro, informando o caminho do progresso.

Precisamos sim, estar vigilantes, pois a pujança e a relevância da entidade podem atrair interesses pessoais ou políticos partidários que desejam usar a comunicação da entidade para “comunicar se”, e quando isto acontece enfrentamos um atraso substancial na linha do tempo, somos usados, nossa opinião será subestimada e o progresso engessado. Eis o caminho. Vamos trilhar.

O autor é empresário com 30 anos de experiência em associativismo. Formado em Filosofia e Administração

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