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Combate sem tréguas à violência

Beto Richa

Semana passada, as forças policiais do Estado realizaram ações em 60 cidades e detiveram quase 300 suspeitos, a maioria ligada ao tráfico de drogas. A Operação Liberdade, como batizamos este conjunto de ações, será feita regularmente em todo o Estado, conforme prevê o Paraná Seguro, programa de combate à criminalidade que lançamos no mês passado. O Estado vai trabalhar incansavelmente para libertar as pessoas do medo da violência e colocar os bandidos na cadeia.

Como disse um dia o advogado e professor José Rodrigues Vieira Neto, a maior de todas as liberdades é a liberdade de não ter medo. Ninguém pode ter medo de trabalhar, estudar, se divertir, viver e ser feliz. Meu compromisso é assegurar às pessoas o direito à liberdade de ir e vir.

Para isso, o Paraná Seguro está reorganizando o Sistema Público de Segurança a fim de garantir-lhe os meios necessários para agir com força e inteligência, na prevenção e na repressão ao crime. Apesar do desastroso legado que herdamos, saneamos as finanças do Estado e ampliamos a dotação orçamentária da Segurança Pública em R$ 500 milhões já neste ano. Até 2014 o orçamento do setor chegará a R$ 3 bilhões, o dobro do atual.

Com isso o Paraná terá, pela primeira vez nos últimos 25 anos, um quadro de policiais compatível com as necessidades da sociedade. Serão 10 mil homens a mais nos próximos quatro anos, incluindo oito mil soldados da Polícia Militar e dois mil profissionais para a Polícia Civil (1.200 investigadores, 400 escrivães e 400 delegados, garantindo que nenhuma comarca fique sem delegado). Vamos convocar imediatamente dois mil candidatos já aprovados em concurso público para soldado da PM.

Com o apoio decidido da sociedade (pois a segurança é dever do Estado e responsabilidade de todos), vamos reduzir substancialmente os índices de criminalidade que envergonham todos os paranaenses de bem.

Mas o combate à violência não depende exclusivamente do Estado. É vital contarmos com a cooperação dos órgãos federais para combater o crime com eficácia, em especial o tráfico na fronteira. Para isso, já temos entendimentos avançados com o governo federal. Eles se refletem na criação do Gabinete de Gestão Integrada de Segurança na fronteira, instalado em Foz do Iguaçu para combater o tráfico, o contrabando de armas e outros crimes.

No diagnóstico da situação, antes de estabelecer as medidas adotadas, ficou evidente a necessidade de modernização dos serviços de polícia científica, como o Instituto Médico Legal e o Instituto de Criminalística. Com mais pessoal qualificado e novos equipamentos, será possível emitir laudos e perícias mais precisos, fundamentais para o trabalho da Justiça.

Até 2014, vamos construir 95 delegacias, criar 400 módulos policiais móveis e comprar três mil viaturas policiais. Já estamos investindo em tecnologia para tornar o atendimento mais ágil e produtivo. Um exemplo é a implantação do Boletim Eletrônico de Ocorrência, serviço já à disposição do público, que pode registrar o BEO pela internet, livrando-se da burocracia. É um avanço na relação entre Polícia e cidadão. Uma polícia cidadã, que trabalha junto com o cidadão, de mãos dadas com os conselhos comunitários de segurança.

É intolerável conviver com o crime como componente do nosso dia-a-dia. E tenho certeza de que, com as medidas de governo e o envolvimento de todos os cidadãos de bem, vamos atingir patamares que possam ser chamados de civilizados. É a soma desses esforços que permitirá às nossas famílias viver com segurança e liberdade.

O autor é governador do Paraná 

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