em

“Carta Pública aos servidores da FMS e à população do Município de Ponta Grossa”, por Manjabosco

Ex-presidente da FMS quebra silêncio e se manifesta sobre saída do cargo que ocupou por cerca de um ano e meio

A área de saúde pública, compreende um processo complexo de trabalho, com decisões que envolvem muitas vidas. Nestes um ano e meio, enfrentamos uma verdadeira tempestade, a pandemia exigiu decisões difíceis e uma equipe forte para suportar todas as demandas que surgiram, seja por tratamento médico, medicamentos, leitos, orientações, vacinas, oxigênio, afastamentos de profissionais, isolamento, disputa por insumos, recursos limitados e redução de profissionais disponíveis no mercado. Foi um período traumático a todos os profissionais de saúde e não é à toa que, o termo guerra foi usado pelo mundo a fora.

Pautei-me pela legalidade, trabalhando sempre com responsabilidade, condicionada por decisões técnicas, nunca me furtando a estar à disposição da sociedade, para orientações, prestação de esclarecimentos e informações de cunho público.

Proporcionei mudanças profundas nas estruturas administrativas, contratuais, otimização de fluxos, processos de trabalho, informatização, desenvolvimento de projetos e treinamento, com um olhar atento aos números e estatísticas, buscando as melhores soluções com os recursos disponíveis. Números não mentem, e funcionam como um excelente norteador, porém muitas vezes nos levam a mudanças complexas e difíceis, mas sempre com o pensamento na humanização de serviços, acolhimento da população e dos servidores.

Dentre os muitos exemplos que criamos neste curto espaço de tempo, temos um setor de apoio ao servidor, multiprofissional com a inclusão ainda este ano de aulas de hidroginástica, atendimento social, acolhimento, fisioterapia entre outros serviços, elaboração de plano de cargos, preparação e estruturação do acolhimento ao cidadão na unidade de saúde, elaboração de linhas de cuidados para gestantes e crônicos, incluindo pilates e hidroginástica.

Iriamos inaugurar um centro de atividade física para os pacientes das unidades de saúde, mudanças no transporte de pacientes e ampliação da transparência dos serviços e contratações. Reestruturamos o serviço domiciliar, oferecendo fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, psicologia, assistência social, tratamento dentário, de feridas e troca de sondas vinculados a atenção primária.

Preparamos novo concurso e remoção de profissionais para fortalecer a atenção primária e atendimento de urgência e emergência. Todo um projeto de aquisição de mobiliário e reforma das unidades pronto para início. O fechamento do Hospital Municipal por questões técnica e segurança do paciente, considerando os danos estruturais ao telhado e outros danos no prédio.

Quanto ao fechamento do Pronto Atendimento Infantil no Hospital HUMAI, antigo Hospital da Criança, saliento que este nunca foi o objetivo desta Fundação, o que pode ser facilmente comprovado pela Lei que regulamentou a doação do prédio, na qual consta que o HUMAI deveria manter todos os serviços antes prestado no HC, com necessidade de ampliação dos mesmos. Destaco ainda que segui o Plano Municipal a risca, alinhado com o Plano De Governo proposto pela Prefeita Elizabeth e com o Governo do Estado.

Preparei toda uma base sólida, para a partir disto, proporcionar mudanças consistentes, ao qual me propus fazer, doa a quem doer. Agradeço a todos os envolvidos neste processo, foram essenciais, afinal ninguém faz nada sozinho. Foram muitos dias de luta intensa, aprendizado e doação a Fundação Municipal De Saúde.

Respeitosamente,

Rodrigo Daniel Manjasco

Médico da Família

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.