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2023: o ano em que a realização provocou transformações

O palestrante ŕ o diretor do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Wilson Bley Lipski (Foto: Cassiano Rosário)

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, BRDE, teve uma evolução escalável em suas contratações nos últimos cinco anos, que resultou num aumento de quase 140%, em operações realizadas nos três estados da Região Sul, onde atua há 62 anos. De 2,4 bilhões em 2019, chegamos a R$ 5,8 bi em 2023, sendo que R$ 2 bilhões foram de financiamentos no Paraná.

Embora pareça contraditório, acredito que os números revelam mais do que esforços de nossa equipe, pulverização e customização de crédito, fortalecimento de boas parcerias e diversificação de fundings nacionais e internacionais. Esses números, entre outros que podemos destacar, revelam o compromisso e comprometimento do propósito do banco: provocar a transformação social e econômica na vida das pessoas.

Entender a proposta que chega aos nossos analistas para aprovação de um financiamento, passa por processos de rigor técnico, orçamentário, legal, entre outros trâmites, que nos levam a números interessantes, como o de menos de 1% de inadimplência de nossos clientes. Sim, o BRDE é exigente para concessão do crédito, porque o crédito para nós é um instrumento responsável de possibilidades.

É através deste mecanismo, que um produtor rural, uma empresa, uma empreendedora e os diversos perfis de pessoas e negócios, podem ser agentes transformadores de seu bairro, cidade, da sua região. Um investimento realizado no setor de inovação, e mais uma vez o BRDE se destacou como o maior repassador dos recursos da FINEP (Financiadora de Recursos e Projetos), de R$1 bilhão repassados desde o dia 1º de janeiro de 2023 aos agentes credenciados em todo Brasil, R$ 440 milhões foram para o BRDE, e só no Paraná, R$ 130 milhões foram investidos nesse período, em 32 projetos, representa um avanço incomensurável na cadeia produtiva.

A empresa de automação industrial Zylix, localizada na Vila Hauer, em Curitiba, reduziu 90% a dependência de peças importadas, ao financiar um projeto de desenvolvimento de peças de tecnologia nacional, utilizadas no sistema de gerenciamento de carga e descarga de combustíveis. O sistema é capaz de fazer a descarga de até 7 combustíveis diferentes (os concorrentes são específicos para cada tipo de combustível). Isso representa muito além de concessão de crédito, torna-se modelo para qualificar o trabalho, sua amplitude e seu impacto social. É dessa forma que o BRDE avalia seus projetos.

E por falar em inovação, vale ressaltar que a questão não se trata exclusivamente de tecnologia, mas de formas novas de colocar as ideias em prática. As perguntas que sempre nos fazemos é: como otimizar o processo, quais são os propósitos dessas propostas, de qual forma há contribuição para o bem-estar social? O BRDE Labs no Paraná formou há quatro anos uma rede que leva inovação aberta a outro patamar. Ao conectar empresas e startups, com temas diferentes e desafios alinhados com as pautas atuais, teve seu reconhecimento com o Selo de Inovação da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), em sua 27ª edição.

O programa é desenvolvido com projetos realizados em nível estadual, vinculados às necessidades dos ecossistemas locais. A premiação foi na categoria Inovação Ambiental. Ao participar como empresa âncora, o banco se tornou um case pioneiro ao contratar startups integrantes do programa, a partir da sanção da Lei Complementar nº 182, conhecida como “Marco Legal das Startups”, que permite esse vínculo entre um órgão público e startups. Isso é reconhecimento, algo que valores numéricos podem limitar.

O BRDE recebeu o Selo Clima Paraná, na categoria A, concedido pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Paraná, que tem objetivo de reconhecer instituições que buscam soluções para as mudanças climáticas e exercem práticas ESG (Ambiental, Social e Governança). Nesse ritmo, o BRDE se consolidou como Banco Verde, um banco com práticas de sustentabilidade, com R$ 1,13 bilhão de operações ligadas a essa natureza, onde 80% de suas operações têm aderência ao menos a um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável.

A jornada do Paraná

O Sul é uma potência e essa posição é indiscutível. Nesse posicionamento, o Paraná reconheceu suas características dentro do agronegócio e aqui trago mais números: R$ 6, 3 bilhões em cinco anos de contratos. A credibilidade é nosso principal ativo, e por isso em 2023, também comemoramos 25 anos de parceria com a Cresol, onde foram realizadas 31 mil operações de crédito.

No Show Rural do ano passado, assinamos R$ 240 mil em contratos na região e prospectamos R$ 1,5 bi em financiamentos. Feiras de Maringá, Londrina, acordos de cooperação técnica em Toledo, Pato Branco, e outras cidades paranaenses, trouxeram novo fôlego na relação e diálogo que o BRDE mantém com a sociedade.

Do Banco do Agricultor Paranaense com a Fomento Paraná e Secretaria de Agricultura e Abastecimento, fizemos R$ 55, 2 milhões no ano passado, levando irrigação e energia solar para o campo, entre os principais financiamentos. O Governo do Paraná lançou um pacote do Plano Safra 2023/2024 para agricultores, empresários e entidades do setor em R$ 54,3 bilhões captados de diversas fontes, entre elas, os recursos do BRDE, destinados ao custeio e investimentos dos agricultores familiares e dos médios e grandes agropecuários.

Cerca de R$ 38 milhões foram liberados pelo BRDE no Paraná, com recursos de fundos internacionais com aval da União. Esse valor faz parte dos R$ R$ 2 bilhões captados junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial e Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), numa demonstração de evolução do nosso relacionamento Internacional, associado ao aporte desses recursos em saneamento, energia renovável, infraestrutura viária, infraestrutura portuária, estudos de viabilidade de projetos, mitigação dos efeitos da mudança climática.

Isso nos fez mais atentos ao que a sociedade clama como prioridade. E mudar a rota, revisar a estratégia, passou a ser algo comum às nossas práticas. Todos os três estados da Região Sul sofreram dramas humanos, com a fortes chuvas nesse segundo semestre de 2023. E mais uma vez abrimos nosso espaço e expertise para à sociedade: revisando prazos de financiamentos, abrindo linhas customizadas para empreendedores e com o Banco Mundial conseguimos disponibilizar 112 milhões de euros para projetos de resiliência urbana nos municípios atingidos.

Há muito a ser dito e revelado sobre os propósitos do BRDE, entretanto, é necessário salientar a sinergia da equipe que dedica o melhor dentro da sua área, mesmo com eventuais limitações de poder de decisão, por situações de cunho administrativo ou legal, mas com muita vontade de fazer acontecer, de viver com o cliente a expectativa da realização. De toda a diretoria do banco, que assume riscos com responsabilidade e visão de tornar a cada ano, o BRDE o maior e melhor banco do Sul do país. Um banco de transformação real na vida das pessoas.

Wilson Bley Lipski é diretor financeiro do BRDE, atuando na instituição desde 2019, passando pela vice-presidência, diretoria de Operações e presidência de novembro de 2021 a junho de 2023.

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