Prefeitura abriu licitação para contratação de serviços de reparos e conclusão de ginásio que já custou mais de R$ 8 milhões aos cofres públicos
Obra que se iniciou há mais de seis anos e que já custou mais de R$ 8 milhões aos cofres públicos de Ponta Grossa, o Complexo Esportivo Arena Ponta Grossa teve mais um passo dado na última quinta-feira (21), quando a Prefeitura abriu a licitação para a escolha da empresa que ficará responsável pelas obras que a administração assegura serem suficientes para colocar o ginásio enfim – em funcionamento.
No final do ano passado, após muita discussão, o município abriu crédito de R$ 2,3 milhões para uma licitação que promete concluir definitivamente o ginásio. O Secretário de Planejamento do município, Ciro Macedo Ribas Junior, por duas vezes prestou esclarecimentos aos vereadores e garantiu que os mais de R$ 2 milhões serão suficientes para concluir todos os reparos no ginásio.
Estes R$ 2,3 milhões seriam suficientes para que se concluísse a obra, assegurou Ribas Junior, em dezembro, na Câmara dos Vereadores, complementando que após ser entregue, o prédio não poderia receber competições de futsal e natação, por não terem medidas oficiais. Seria um espaço voltado para o lazer, para projetos de escolas.
Atualmente a Arena está abandonada e boa parte da estrutura que havia sido entregue em 2012 já se encontra destruída, incluindo o piso da quadra, instalações elétrica e hidráulica, além de portas arrombadas e pintura deteriorada.
A licitação aberta no dia 21 de janeiro prevê que a empresa contratada terá como obrigação realizar mais de 25 serviços e concluir a obra em um prazo de 180 dias. Após aberto, o processo de licitação já teve um questionamento protocolado por um dos concorrentes, respondido na segunda-feira pela administração. Os envelopes com as propostas de preços ainda não foram revelados pela prefeitura de Ponta Grossa.
R$ 8 milhões
A Arena é alvo de ações na Justiça, em 2014 a 12.ª Promotoria de Justiça de Ponta Grossa ajuizou ação civil pública, por ato de improbidade administrativa, contra o ex-prefeito do Município, Pedro Wosgrau Filho (PSDB), o ex-secretário de Planejamento, José Ribamar Krüger, uma empresa de engenharia e construções e seus dois sócios, por irregularidades na licitação e execução das obras da Arena.
O Ministério Público apontou que a obra, orçada em quase R$ 9 milhões, além de estar paralisada desde 2012, tinha banheiros transparentes, quadras esportivas fora das dimensões oficiais, infiltrações de água, salas sem ventilação, entre outros problemas estruturais. A ação foi embasada em inquérito conduzido pela Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público da comarca.
Na época, a empresa vencedora da licitação foi a única que participou do certame licitatório e o contrato, inicialmente foi estipulado no preço global de R$ 7,2 milhões. No entanto, o contrato recebeu 15 aditivos que, no total, aumentaram o valor para R$ 8,7 milhões – R$ 1,4 milhão acima do valor inicialmente estipulado.
Serviços que empresa contratada terá de fazer:
– Administração e canteiro de obras;
– Serviços preliminares;
– Movimento de terra;
– Transportes de materiais;
– Formas;
– Armaduras;
– Concretos;
– Lastros;
– Alvenaria;
– Cobertura;
– Esquadrias e acessórios;
– Vidros e espelhos;
– Instalações elétricas;
– Instalações para gás;
– Instalações de prevenção contra incêndios;
– Instalações hidrossanitárias;
– Aparelhos sanitários, louças, metais e outros;
– Drenagem de águas pluviais;
– Caixas e complementos;
– Impermeabilizações e proteções;
– Revestimentos e isolamentos de paredes e tetos;
– Revestimentos de pisos;
– Pinturas;
– Limpezas;
– Argamassas;
– Agregados;
– Equipamentos