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O estranho conhecido

                                                                           Lílian Yara de Oliveira Gomes – CRP 08/1788

Estamos iniciando uma nova forma de encarar o mundo, considerando a abertura que a vacinação contra o corona vírus está nos propiciando e a adesão à ela, o que faz com que tenhamos a sensação de que estamos tendo maior possibilidade de ampliação das nossas relações, dos encontros familiares, de estar com amigos, de voltar à escola, etc.

Porém, não são todas as pessoas que têm essa sensação sem a preocupação de que algo não está tão fácil e claro para elas: algo parece estranho. E isso é necessário. Ainda necessitamos estar alertas, tomar os cuidados de proteção, não aglomerar, ter ventilação, usar máscaras.

Na visão da Psicologia, essa adaptação vai se fazendo aos poucos, porque muitas pessoas desenvolveram um certo medo e até pânico de voltar à “vida normal”, pois para elas parece que tem algo ainda ameaçador a lhes rondar, conforme depoimento de um paciente:

“É muito, muito difícil pensar em estar perto das pessoas de novo. Uma das coisas que mexem comigo, quando penso na possibilidade de algum dia estar novamente em uma sala lotada de gente sem máscara, é que passei muito tempo ansiando desesperadamente por esse dia, e agora, às vezes, me pego tendo meio que uma reação de pânico…Não quero ter medo, afinal é isso que eu quero. Ainda assim, há uma parte de mim que agora reage de uma maneira que eu não costumava reagir, que está aterrorizada.”

“Tem que manter a máscara, porque a vacina, a gente tem visto, protege contra infecções graves, mas não protege contra a infecção branda. Você pode se infectar e passar o vírus para a sua família, para quem não vacinou, no seu trabalho, no transporte público. Mesmo quem vacinou tem que manter a máscara até a gente ter um nível alto de vacinação em toda a população”.

Portanto, compreender a reação de cada um, dar o tempo que cada pessoa necessita é ser respeitoso, aceitar e cuidar de si e do outro.

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