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Rebeliões marcam feriado prolongado em PG e Castro

A região dos Campos Gerais permanece sob tensão, depois que duas rebeliões foram registradas entre a última sexta-feira (22) e terça-feira (26). Depois de detentos se rebelarem por cerca de 12 horas na Cadeia Pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, foi a vez de a Cadeia Pública de Castro ser cenário de motim, na segunda-feira de Natal (25). A situação só chegou ao fim perto das 12h30. Os cerca de 180 presos haviam tomado o prédio e chegaram a fazer de refém um carcereiro, que só foi libertado com o fim da rebelião.

De acordo com o delegado Victor Loureiro Almeida, a fuga só não ocorreu porque o investigador de plantão trancou a última porta, que daria acesso ao ambiente externo da carceragem, um segundo antes de os detentos chegarem até ela. Em seguida foram chamados a Polícia Militar, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e o Batalhão de Choque, que ajudaram a conter os presos, que tinham a intenção de quebrar as paredes para sair.

Ao longo da tarde de ontem, equipes do Departamento Penitenciário do Estado (Depen) realizaram uma vistoria nas celas, recolhendo objetos e verificando os danos. “O carcereiro que era feito refém foi libertado com escoriações leves, e foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento, sem gravidade”, contou o delegado.

Segundo ele, os detentos não fizeram nenhuma reivindicação pontual, mas reclamaram da estrutura e do tratamento dado pelos agentes penitenciários, exigindo também a presença de autoridades, que se fizeram presentes e auxiliaram nas negociações.

 

Ponta Grossa

Ponta Grossa também registrou uma rebelião da Cadeia Pública Hildebrando de Souza. Durante aproximadamente 12 horas, entre o meio-dia de sexta-feira (22) e a madrugada de sábado (23), três galerias do ‘Cadeião’ foram tomadas e um agente carcerário chegou a ser amarrado e feito refém. Ele foi libertado com a chegada das primeiras viaturas da Polícia Militar. A área no entorno da Cadeia foi isolada pelo Batalhão de Choque.

 

Chocolates

Os presos reclamaram de maus tratos, pediram melhorias estruturais e em questões de higiene. Familiares relataram que o motim teve início depois que comidas e chocolates entregues por parentes para comemorações do Natal foram impedidas de serem entregues. O Depen não confirmou a informação, e disse que uma sindicância será aberta para apurar as causas do motim. Além do Bope, equipes do Comando de Operações Especiais (COE), além de um grupos especial de agentes penitenciários, realizaram as negociações para encerrar a rebelião que terminou por volta da meia noite de sábado (23).

 

Rebelião em vídeo

Tanto na rebelião em Ponta Grossa como em Castro, ocorridas entre sexta-feira (22) e terça-feira (26), vídeos gravados no interior das cadeias foram enviados via whatsapp e chegaram até a imprensa. Durante o motim em Castro, os apenados apontaram no vídeo a presença de um segundo refém que, sob ameaça, diz que quem manda na Cadeia é a facção criminosa PCC. O Depen não confirmou a presença de um segundo refém. Em Ponta Grossa, o vídeo é focado nos problemas estruturais e superlotação.

Rebeliões mobilizaram todas as equipes de segurança (Fábio Matavelli)

 

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