Há nove anos, Davi fez do Cemitério Santa Luiza, em Ponta Grossa, sua morada. Segundo um pedreiro que trabalha no local e pediu para não ter o nome revelado, o homem foi abandonado pela família. Ele não possui documentos e aparenta ter 50 anos de idade. Já o Cemitério Santo Antônio é a casa de um rapaz de 30 anos, mas ele não quis conversar com a reportagem do DC.
No Santa Luiza, funcionários e visitantes frequentes já estão acostumados com a presença de Davi, embora alguns se incomodem com ele. Tem gente que bate nele, mas ele não faz nada. Até ajuda a puxar o carrinho de mão, às vezes, conta o pedreiro. Eu sou acostumado aqui, diz Davi, que é de poucas palavras.
Segundo o funcionário do cemitério, o morador é de uma família com boas condições financeiras, mas, por ter problemas mentais, acaba sendo desprezado. A gente quer um advogado para resolver a situação dele. Ele tem dinheiro, diz.
Atualmente, Davi vive de doações. Vizinhos do cemitério doam comida e roupa para ele.