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Federal prende dois em PG suspeitos de desvios de verbas da UFPR

Uma operação conjunta entre a Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas da União cumpriu, na manhã de quarta-feira (15), 73 ordens judiciais: 29 mandados de prisão temporária, oito conduções coercitivas e 36 mandados de busca e apreensão nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.

A operação, denominada de Research, teve o objetivo de apurar a prática de desvio de bolsas de pesquisas destinadas à Universidade Federal do Paraná. O objetivo foi levantar o repasse irregular de recursos mediante pagamentos fraudulentos e milionários de bolsas a inúmeras pessoas sem vínculos com a instituição no período entre 2013 e 2016.

De acordo com a Polícia Federal, as fraudes são superiores a R$ 7,5 milhões, tendo como beneficiários 27 bolsistas contemplados irregularmente com as bolsas de pesquisa. Ao todo, 29 pessoas foram presas, duas delas são servidoras da UFPR; eram a chefe da Sec?a?o de Controle e Execuc?a?o Orc?amenta?ria e a chefe da Secretaria Administrativa do Gabinete da Pro?-Reitoria de Pesquisa e Po?s-Graduac?a?o.

 

Divulgação/Polícia Federal

Operação foi realizada em diversas cidades do Paraná e demais estados.

 

“As fraudes nos surpreenderam, pois poderiam ter sido detectadas dentro da universidade caso houvesse um procedimento preventivo, no sentido de prevenir as irregularidades na instituição pública. O que nos chama a atenção, é que estas fraudes ocorreram em um setor logo abaixo da Reitoria”, disse o delegado da Polícia Federal, Felipe Hayashi.

Os presos no Paraná foram conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. No Estado, a operação ocorreu em Curitiba, Almirante Tamandaré, São José dos Pinhais, Antonina, Francisco Beltrão e Ponta Grossa. Na cidade de Ponta Grossa, a Polícia Federal cumpriu um mandado de prisão e um mandado de busca e apreensão.

“Havia entre os beneficiários de bolsas de pesquisa ajudante de cozinha, dono de salão de beleza, motoristas e aposentados por invalidez. Gente que estava cadastrada em programas sociais”, disse o secretário de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), João Manoel da Silva Dionísio.

Segundo ele, uma sucessão de pessoas sem vínculo com a instituição e sem titulações (mestrado e doutorado) estavam recebendo valores milionários. “Ficamos perplexos com esta situação. Penso, principalmente, na comunidade acadêmica. Quantos pesquisadores sérios que deixaram de receber recursos enquanto estes R$ 7,5 milhões estavam sendo desviados”, ressalta Dionísio.

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