em

Corpo de Bombeiros sofre com efetivo reduzido

O Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa trabalha atualmente com um efetivo reduzido para atender toda a população. Ao todo, conforme informações do 2º Grupamento de Bombeiros, são 89 militares na prontidão. Mas, destes, 23 estão temporariamente afastados das atividades – seja em férias, curso ou dispensa médica. Assim, há uma média de 20 militares atuando todos os dias na corporação, sendo quatro no Aeroporto Municipal e os demais divididos entre os três postos [Central, Nova Rússia e Uvaranas].

Conforme o tenente Matheus Justino Cândido, em 2013, havia quatro militares para cada caminhão e três para cada ambulância. “Hoje são três para cada caminhão e dois na ambulância. O Corpo de Bombeiros tem dado conta do trabalho, mas é claro que percebemos, diante desta redução, uma dificuldade maior no atendimento”, revela.

Segundo o tenente, são duas guarnições por posto – uma de ambulância, outra para atender a incêndios. “Mas, em algumas ocasiões, devido ao efetivo reduzido e ao número menor de ocorrências, como acontece no posto de Uvaranas, fica uma guarnição ‘coringa’, que atende a ocorrência que surgir primeiro – saindo no caminhão ou ambulância. E, caso neste intervalo aconteça outra ocorrência, há o apoio do posto Central ou Nova Rússia”, explica.

 

Equipamentos

Mas, não é só por causa do efetivo reduzido que o trabalho fica comprometido. Na semana passada, durante atendimento a um incêndio em supermercado localizado no bairro de Uvaranas, os militares do posto de Uvaranas precisaram interromper o combate às chamas para consertar a bomba de água do caminhão, que não funcionou.

O problema, segundo o tenente Cândido era com o engate da bomba e o conserto já foi providenciado. “Hoje temos quatro caminhões e um reserva, atendendo os três postos. Assim, falta de caminhões não é um problema atual, exceto nesta ocorrência específica que, infelizmente, houve o problema”, frisa.

 

Prevenção

No caso de combate a incêndio, especialmente no caso de prédios, o tenente conta que a corporação conta com a eficiência do sistema preventivo dos prédios. “Nos casos de incêndio, a prioridade é garantir a proteção de vítimas. Assim, o que buscamos é exigir que estes imóveis cumpram as normas de prevenção, para que no caso de um incidente possamos confiar no sistema preventivo do prédio”, reforça.

Conselho defende cobrança de taxa

Diante da situação relacionada à estrutura e efetivo do Corpo de Bombeiros, a presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), Jane Villaca, voltou a defender que a Prefeitura de Ponta Grossa deveria voltar a cobrar a taxa de combate a incêndio – recurso que seria destinado ao Corpo de Bombeiros.

Ponta Grossa foi pioneira na implantação do Funrebom, mas cobrança foi extinta em 2001. Para Jane, a extinção da taxa contribuiu para provocar o sucateamento do Corpo de Bombeiros na cidade. “A Prefeitura não cobra a taxa e o governo do Paraná não investe em estrutura e nos quartéis. O resultado é o sucateamento de equipamentos e veículos, além de estruturas inadequadas. O posto Central, por exemplo, tem uma série de problemas e precisa urgente de uma reforma”, frisa. Segundo a proposta do Conselho, as taxas teriam valores que variam de R$ 24,60 (residências) a R$ 84,25 (indústrias), ao ano. “É um valor pequeno para contribuir, mas que resulta num montante fundamental para a corporação”, finaliza.

Fábio Matavelli

Equipe precisou interromper combate a incêndio para consertar bomba de água do caminhão

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.