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Transtornos Mentais e o trânsito: uma reflexão necessária

*Luís José Fracalossi

Transtornos mentais no trânsito
As causas dessa interação complexa entre transtornos mentais e trânsito são diversas. Foto: spcreative para Depositphotos

Desde a ansiedade até a depressão, os transtornos mentais afetam milhões de pessoas em todo o mundo. Entretanto, sua influência no trânsito muitas vezes é negligenciada. Indivíduos que sofrem desses transtornos podem enfrentar desafios significativos ao assumir o volante, resultando em comportamentos de risco e decisões inadequadas.

Nos últimos anos, a interseção entre transtornos mentais e o trânsito tem se tornado uma preocupação crescente na sociedade moderna. O estresse diário, pressões sociais e a busca por eficiência podem contribuir para uma variedade de transtornos mentais, afetando não apenas a saúde individual, mas também a segurança no trânsito.

As causas dessa interação complexa entre transtornos mentais e trânsito são diversas. Estresse crônico, pressão social, e a própria natureza caótica do tráfego urbano podem agravar sintomas de transtornos mentais, levando a lapsos de atenção e tomadas de decisões impulsivas.

Ansiedade e agitação

A ansiedade, um dos transtornos mentais mais comuns, pode manifestar-se no trânsito, intensificando a agitação. O medo de atrasos, congestionamentos e acidentes pode levar a impulsividade ao volante, resultando em comportamentos arriscados.

Depressão e Distração

A depressão, muitas vezes negligenciada, pode causar falta de concentração e desinteresse. Isso pode se refletir na distração ao dirigir, aumentando as chances de sinistros devido à falta de atenção e reação lenta.

Transtornos de Personalidade e Agressividade

Transtornos de personalidade, como o transtorno explosivo intermitente, podem se manifestar como agressividade no trânsito. Isso inclui comportamentos hostis, estado de raiva e confrontos, colocando em risco a segurança de todos nas vias.

As causas dessa interação entre transtornos mentais e trânsito são multifacetadas, incluindo pressões sociais, competição constante e o ritmo acelerado da vida moderna. A falta de conscientização e estigma em torno da saúde mental também desempenham um papel crucial.

As consequências, no entanto, vão além dos sinistros de trânsito. O aumento do estresse no trânsito contribui para uma sociedade mais tensa e menos saudável. Os impactos econômicos de sinistros e o custo emocional para as vítimas são evidências do preço pago quando a saúde mental não recebe a devida atenção.

É imperativo que a sociedade e as autoridades reconheçam essa conexão entre transtornos mentais e segurança no trânsito. Iniciativas de conscientização, educação e apoio à saúde mental são passos cruciais para mitigar esses riscos. Somente abordando a saúde mental de maneira aberta e inclusiva podemos criar estradas mais seguras e uma sociedade mais saudável.

Luís José Fracalossi é especialista em Gestão, Mobilidade e Segurança no Trânsito e especialista em Perícia Veicular

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