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Número de infrações por excesso de velocidade cresce 132% no Brasil. Quais os motivos?

Número de infrações por excesso de velocidade cresce 132% no Brasil. Quais os motivos?
Assista aqui a entrevista completa do especialista Alysson Coimbra sobre o crescimento do número de infrações por excesso de velocidade.

O número é assustador. Conforme dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) o número de multas por infrações de excesso de velocidade cresceu 132% em 2023 em comparação com 2022. Enquanto em 2023 houve o registro de 2.961.624 infrações por transitar em velocidade superior à máxima permitida, em 2022 esse número ficou em 1.275.703. O número refere-se apenas as infrações cometidas em rodovias federais. O Portal do Trânsito entrevistou Alysson Coimbra, médico do tráfego e coordenador nacional da Mobilização de Médicos e Psicólogos Especialistas em Tráfego para entender os motivos desse crescimento (assista ao vídeo acima).

De acordo com o especialista, fatores como estresse, ansiedade, transtornos de conduta, aliados à sensação de impunidade, à falta de empatia e desprezo pela vida contribuem para a imprudência no trânsito e explica os motivos que levaram ao aumento do número de infrações por excesso de velocidade.

“Não basta apenas aumentar a punição e a fiscalização, precisamos de campanhas educativas mais contundentes. Além disso, é necessário um esforço conjunto entre as autoridades, os especialistas assim como a sociedade. Somente assim será possível salvar vidas nas ruas e estradas desse país”, completa Coimbra.

Velocidade: fator de risco

Conforme a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), a velocidade excessiva contribui para cerca de um terço de todas as mortes que ocorrem no trânsito. Além disso, o aumento na velocidade média está diretamente relacionado tanto à probabilidade de ocorrência de um acidente quanto à gravidade das suas consequências.

“Cada aumento de 1% na velocidade média produz, por exemplo, um aumento de 4% no risco de acidente fatal e um aumento de 3% no risco de acidente grave. O risco de morte para pedestres atingidos frontalmente por automóveis aumenta consideravelmente (4,5 vezes de 50 km/h para 65 km/h). No choque entre carros, o risco de morte para seus ocupantes é de 85% a 65 km/h”, alerta a Organização.

Ainda de acordo com especialistas, é preciso ter em mente que a velocidade máxima permitida nem sempre é uma velocidade segura. Ou seja, a velocidade do veículo deve ser compatível com todos os elementos do trânsito, principalmente às condições adversas. Isso porque a velocidade inadequada reduz o tempo disponível para uma reação eficiente em caso de perigo. Em alta velocidade, muitas vezes não há tempo suficiente para evitar um sinistro.

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