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Mercado de carros elétricos enfrenta desafios, enquanto os veículos híbridos lideram a preferência dos brasileiros 

Veículos híbridos
Os veículos híbridos usam tanto combustíveis fósseis quanto eletricidade para o funcionamento. Foto: Di-Studio para Depositphotos

Em torno de 94 mil unidades de veículos eletrificados foram licenciados no ano de 2023, segundo a Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Este volume, que corresponde a aproximadamente 4,3% do total de veículos emplacados, foi o maior registrado até hoje no segmento, tornando-se um grande marco para a descarbonização da indústria automotiva no Brasil.

Por outro lado, ainda que se fale muito sobre os veículos totalmente elétricos, apenas 19,3 mil unidades desta modalidade foram emplacadas, enquanto os híbridos corresponderam a 74,6 mil.

Vale destacar que a principal diferença entre os dois modelos, está no modo de propulsão. Isso porque os elétricos usam energia e motores 100% elétricos. Já os híbridos utilizam uma combinação de motores elétricos e a combustão, podendo utilizar somente combustíveis como gasolina e etanol, como no caso dos híbridos convencionais (HEV), como também, além de utilizar combustíveis, podem receber recarga elétrica direta, como no caso dos híbridos plug-in (MHEV).

Desafios

Neste cenário, de acordo com Tatiana Bonifácio, gerente da Gaudium – empresa de tecnologia com soluções para os setores de mobilidade e logística, os veículos elétricos ainda têm importantes desafios para ultrapassar antes de se popularizarem.

“A preocupação do setor automotivo com a sustentabilidade e a diminuição da emissão de gases poluentes e CO₂ na atmosfera já é um movimento em crescimento no Brasil, mas o preço dos carros puramente elétricos, a baixa autonomia e as poucas estações de recargas são ainda os principais impeditivos dessa movimentação”, ressalta. 

Para este ano, a Anfavea espera que sejam emplacadas 142 mil unidades de veículos eletrificados, sendo 117,9 mil híbridos e 24,1 mil de elétricos.

Mobilidade Urbana

No que tange à mobilidade urbana, ações para a descarbonização da indústria já estão em andamento. Como é o caso da 99, empresa de transporte por aplicativo, por exemplo, que no ano passado lançou uma frota de elétricos para realizar o transporte de passageiros.

Tatiana finaliza enfatizando a importância de direcionar atenção ao cenário geral das plataformas de corridas de passageiros e saindo das grandes capitais. De acordo com ela, este ainda não deverá ser o ano dos elétricos, mas as perspectivas já são melhores para os híbridos. “Além do custo, a falta de suporte em regiões interioranas faz com que o interesse pelos veículos 100% elétricos ainda seja baixo. No entanto, veículos híbridos podem ser mais atraentes a partir do olhar sustentável, e pela autonomia superior que desempenham”, pondera.

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