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Especialista dá dicas de como envolver a sociedade na luta pelo trânsito seguro

Trânsito mais seguro
A sociedade precisa abraçar a causa para termos resultados efetivos e um trânsito mais seguro. Foto: AdobeStock

Não temos muito o que comemorar em relação ao trânsito brasileiro. Apesar de as estatísticas apresentarem uma leve melhora depois de 2011, após a pandemia os números de mortes nas vias brasileiras voltaram a subir. Atualmente, em média, morrem 33 mil brasileiros todos os anos, nas vias e rodovias do nosso país. Os números assustam, e para especialistas o que assusta também é o descaso com que a sociedade enxerga esse fato.

Conforme Márcia Pontes, especialista graduada em Segurança no Trânsito pela Unisul, em Direito de Trânsito pela Escola Superior Verbo Jurídico e em Planejamento e Gestão do Trânsito pela Unicesumar, enquanto se pensar que são as instituições que devem evitar os acidentes, não teremos responsividade.

“Está faltando autocuidado, prevenção e ações contextualizadas para orientar as pessoas nesse sentido”, argumenta.

Condutas preventivas da sociedade para um trânsito mais seguro

Ela diz ainda que faltam condutas preventivas no trânsito. “É antecipar-se aos riscos, é saber o poder que tem o olhar além, buscar um ponto de fuga antes mesmo de precisar dele”, diz.

Márcia ressalta que no trânsito virou clichê dizer que os acidentes são fatalidades, mas na verdade, são provocados. “Por mais que no trânsito não possamos controlar as ações dos outros, podemos identificar algo errado quando estamos atentos e agimos preventivamente”, aponta.

Em recente entrevista ao Portal do Trânsito & Mobilidade, David Duarte Lima, doutor em Segurança de Trânsito pela Universidade Livre de Bruxelas (Bélgica) e mestre em Saúde Pública pela Universidade Católica de Louvain (Bélgica), afirmou que a sociedade precisa abraçar a causa “trânsito” para termos resultados efetivos.

“Uma iniciativa que a sociedade acatou foi o respeito à faixa de pedestres em Brasília, por exemplo. Ou seja, é preciso que as pessoas entendam os benefícios dessa e de outras medidas, como a redução dos limites de velocidade em grandes cidades, para que a sociedade consiga colher os frutos dessas ações de segurança”, explica.

Para ele, é preciso que o Estado faça esse papel de divulgação dos benefícios. “Temos bons exemplos de outros países que deixaram de estar entre os que mais matam no mundo nas questões de trânsito”, argumenta.

Educação para o trânsito

Nesse sentido, a especialista Márcia Pontes salienta que há diferença entre chamar a atenção da sociedade com ações pontuais e um trabalho educativo que dure o ano todo.

“Ações pontuais não mobilizam, muitas vezes só distraem, são planejadas para curto período de tempo e não têm indicadores que permitam uma avaliação de resultados para saber se a população foi responsiva e tornará as práticas mais seguras no trânsito”, opina.

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