Após o término das paralisações dos caminhoneiros na região dos Campos Gerais, diversos caminhões-tanque reabasteceram os postos de combustíveis de Ponta Grossa. Mas a formação de filas de veículos e pessoas em frente aos estabelecimentos continua sendo uma cena frequente.
De acordo com o presidente da Associação dos Operadores de Postos dos Campos Gerais, Hélio Sacchi, continuam vindo comboios. Somente em sua rede de postos, que conta com 10 estabelecimentos, já foram entregues 160 mil litros, e existe previsão de chegada de mais. “Existem postos que estão sem combustíveis, mas estimamos que sejam em torno de 10%, aqueles que não possuem transporte próprio”, comenta, acrescentando a recomendação para que a população abasteça somente em caso de real necessidade. No entanto, o DC circulou pela cidade nessa sexta-feira (1º) e presenciou mais filas que abastecimento. Isso pode ter ocorrido porque a procura pelos postos foi maior que a velocidade de reabastecimento.
Apesar da recomendação da Associação, e da publicação do Decreto Municipal 14.450/2018, que estabelece limites na aquisição de combustíveis e gás de cozinha até 4 de junho, a reportagem do DC identificou postos que estavam comercializando, na quinta-feira (31), combustíveis sem a limitação de R$ 100 por carro/dia. Ou seja, quem pedia para encher o tanque, conseguia.
A corrida também continua por causa da greve dos petroleiros que, mesmo tendo sido suspensa na quinta-feira, causou temores na população que viu os postos ficarem sem combustível por 10 dias e quer garantir que não passará situação semelhante tão cedo.
Gasolina
A escassez de álcool e gasolina coincide, também, com a previsão de reajuste nos preços das bombas a partir da próxima semana, e já na segunda-feira (4) em alguns postos. O governo federal anunciou, ainda no dia 30, o reajuste de 0,74% no litro da gasolina nas refinarias. O valor ainda não chegou às bombas, e o consumidor tenta garantir escapar de mais essa alta, especialmente porque os preços já tiveram alteração entre o início e o fim da paralisação dos caminhoneiros. Acredita-se que isso signifique um aumento de até cinco centavos por litro de combustível. Conforme acordo com os manifestantes, o diesel deve baixar R$ 0,46 também na próxima semana.
Procon
Durante o feriado de Corpus Christi (31), o DC flagrou postos comercializando gasolina sem limites, e também encontrou um caso de posto que, ao terminar a gasolina comum, passou a vender somente a aditivada pelo preço mais caro. Por lei, quando a comum acaba é preciso vender a aditivada pelo preço da comum. O Procon realizou 10 orientações prévias aos postos, antes da chegada dos combustíveis, e realizou novas orientações nos últimos dois dias. Apenas uma multa foi aplicada a revendedora de gás, e dois postos tiveram suspensão temporária de serviços para readequação. Denúncias podem ser feitas no telefone 151.
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