A Polícia Científica do Paraná informou que um processo administrativo será instaurado para apurar a permanência no uso das instalações da sede Instituto Médico-Legal (IML) de Ponta Grossa para o exame de necropsia de cadáveres. O prédio localizado na Nova Rússia está interditado e seus funcionários e estrutura foram todos realocados para espaço provisório em contêineres, em terreno anexo ao Hospital Universitário, em agosto do ano passado. No entanto, um vídeo feito no início desta semana flagrou o momento em que o carro do IML acessou o edifício que deveria estar vazio.
Em resposta aos questionamentos da reportagem do DC, a assessoria de imprensa da Sesp informou que o prédio está interditado e, portanto, “não pode ser utilizado por nenhum funcionário ou pela comunidade para quaisquer fins”. A secretaria reafirmou que não são realizados procedimentos no local, e que todos os corpos, exceto os que estão em estado putrefeito, devem ser encaminhados para a unidade de Curitiba.
Em dezembro de 2018, o DC publicou reportagem informando que o prédio interditado do IML em Ponta Grossa continuava servindo para armazenamento de corpos. Na ocasião, a Sesp informou que todos os cadáveres haviam sido transferidos. No entanto, a movimentação no imóvel ainda é intensa.
Obras
A interdição do prédio ocorre para que seja feita uma obra no muro lateral do prédio. A estrutura ameaça desabar, colocando em risco todo o imóvel. Sobre a obra, a Sesp informou que a segunda concorrência pública, aberta pelo Governo do Estado no mês de novembro, deu deserta. Por esse motivo, será lançado um novo processo licitatório para a realização da obra. Após o início da obra, o prazo de conclusão é de até seis meses.